FONTE: MANCHETE DO POVO
Cobra Repórter esteve reunido com diretores e funcionários da instituição na nova sede administrativa
O deputado estadual eleito com expressiva votação em Rolândia, Devanil
Reginaldo da Silva, mais conhecido como Cobra Repórter (PSC), afirmou
que vai ajudar o Hospital São Rafael (HSR) na obtenção de recursos junto
à União, Estado e Município.
O compromisso foi assumido durante reunião com diretores e funcionários
da instituição, na inauguração da nova sede administrativa, na Rua Duque
de Caxias, próximo à Prefeitura.
Estavam presentes o presidente da mantenedora do hospital, a Associação
Beneficente São Rafael, Eldberto Marques, o ex-presidente Marisbel
Mungo, o diretor administrativo do HSR, Antonio Carlos Ribeiro,
monsenhor José Agius, que fez a bênção das novas instalações, além de
funcionários e voluntários.
Durante
o encontro, o deputado recebeu informações sobre as condições do HSR e
se colocou à disposição para encontrar soluções. Cobra Repórter disse
que vai trabalhar em Brasília, junto com os deputados federais eleitos
com sua colaboração, para a construção da UPA – Unidade de Pronto
Atendimento 24 Horas em Rolândia.
“A construção da UPA é prioridade, porque vai ajudar a desafogar o
Hospital São Rafael, podendo assim atuar melhor em sua finalidade
atendendo aos casos de urgência e emergência”, afirmou Cobra Repórter,
que disse ir a Brasília e Curitiba ainda este mês para conversar com
deputados federais e o governador Beto Richa sobre a situação da Saúde
em Rolândia.
O deputado eleito fez questão de elogiar a estrutura do hospital e disse
ter precisado pessoalmente e também parentes seus de atendimento, sendo
sempre, todos, bem atendidos pelo pessoal do São Rafael. “É necessário
encontrar uma maneira de o hospital ser melhor remunerado pelo SUS
(Sistema Único de Saúde), pelo Estado e pelo Município, conseguindo
assim contar com mais médicos, especialidades e também equipamentos, é
isso que pretendo colaborar”, disse Cobra Repórter.
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Durante a reunião, os diretores do hospital explanaram as dificuldade
enfrentadas para conseguir médicos plantonistas, porque há dois anos a
Prefeitura de Rolândia repassa o mesmo valor – R$ 60 a hora de plantão –
enquanto outras cidades da região remuneram, em média entre R$ 100 e R$
120 a hora de plantão. A diferença, para que os médicos venham até
Rolândia, tem de ser arcada pelo próprio hospital, gerando um déficit
mensal a ser coberto com outros recursos e doações de empresários e
voluntários.
Além disso, o serviço de plantão municipal em consultas eletivas –
aquelas casos que não são de urgência e emergência – não é função do
hospital, mas é necessário realizar este tipo de trabalho porque as
Unidades Básicas de Saúde e o Pronto Atendimento da Vila Oliveira não
trabalham 24 horas. Se o hospital não realizar as consultas, a população
ficará completamente desassistida, e, por ser uma entidade
filantrópica, ligada à Igreja, não poderia deixar o povo sem médico, por
isso, o São Rafael se sacrifica para prestar este atendimento de
responsabilidade da Prefeitura de Rolândia. Então, já que é função
constitucional do Município, este deveria repassar um valor maior para
que o hospital pudesse contratar os médicos plantonistas de maneira mais
tranquila, sem precisar complementar com dinheiro que poderia ser usado
para melhorar ainda mais o atendimento e a estrutura do São Rafael.
O que poderia ajudar também a diminuir o fluxo de pessoas que procuraram
o hospital nos plantões – cerca de 6 mil todos os meses, dando uma
média diária de 200 pacientes no Pronto Socorro – seria a abertura das
Unidades Básicas de Saúde do Centro, da Vila Oliveira e do Jardim
Santiago, pelo menos até a meia-noite, inclusive aos sábados, domingos e
feriados, como já acontece em cidades da região.
Outro fato importante, levantado durante a reunião, foi a questão da
UTI, cujo custo diários ultrapassa a R$ 1 mil, mas o hospital recebe
apenas R$ 467, também ocasionando um déficit grande mensalmente,
precisando de complementação por parte de outros recursos e de ajuda de
empresários e voluntários. Também há o problema de que os 10 leitos de
UTI não são geridos pelo hospital, mas pela Central de Leitos, que
enviam pacientes de vários municípios, às vezes forçando que doentes de
Rolândia e região sejam atendidos em outros hospitais, não podendo ser
recebidos pelo São Rafael sem o encaminhamento através da Central de
Leitos.
Durante a reunião, foi salientado também que a Saúde Básica é de
competência do Município, ao Hospital São Rafael cabe o atendimento
secundário, de urgência e emergência, já que além de Rolândia, é
responsável por receber pacientes de mais sete municípios da região do
Vale do Paranapanema – Porecatu, Prado Ferreira, Pitangueiras,
Miraselva, Jaguapitã, Guaraci e Florestópolis –, além dos
encaminhamentos através do Siate e do Samu.
O Hospital São Rafael possui 66 leitos – 10 de UTI e 56 para
internações, Centro Cirúrgico com quatro salas e sala de recuperação
pós-anestésica. Realiza, em média, todos os meses, 6.000 atendimentos no
Pronto Socorro, 300 internações, e entre 320 e 350 cirurgias, de 80 a
100 partos. E o mais importante, 90% são pacientes do SUS.
A instituição mantém as contas em dia – tem todas as certidões negativas
– e não tem grandes dívidas como alguns hospitais filantrópicos da
região que, inclusive, encontram-se sob intervenção por não cumprirem
como seus deveres e sob suspeita de desvio de dinheiro público. Em
Rolândia, não há nada disso, graças a ajuda de voluntários e empresários
que não medem esforços em fazer doações.
Tanto é verdade, que o Hospital São Rafael é reconhecido como um dos
melhores da área da 17ª Regional de Saúde, atendendo todos os protocolos
exigidos pela União, Estado e Município. Inclusive, o Hospital São
Rafael está cadastrado para realizar a retirada de órgãos para
transplantes.
Fonte: Assessoria de Imprensa do HSR
Texto: Devaldo Gilini Junior – Jornalista – MTB 2280/PR
Fotos: Claudenir Briganó