JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
FARINA É CONTRA A NOVA DATA DE ANIVERSARIO DE ROLANDIA
Li
agora cedo na Folha de Londrina a matéria sobre a nova data do
aniversário de Rolândia. A maioria das pessoas entrevistadas na reportagem disseram ser contra a nova data. Apenas o prefeito, uma professora e uma funcionaria da prefeitura apoiaram a nova lei. Respeito a opinião dos que pensam assim, mas ouso divergir.
Filio-me na corrente adotada por São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Penso que todos ( pessoas e cidades) devam comemoram o dia em que
nasceram. Quanto ao dia da emancipação, é claro que é uma data
importante para a história. Faz parte do conteúdo que deve ser ensinado nas
escolas. É uma data que deva ser lembrada, mas não comemorada. Fiquei
feliz quando completei 18 anos, mas nunca mais comemorei aquele dia.
Penso sempre como devia ser Rolândia em 29 de junho de 1934... a mata
virgem... os pássaros.. os bichos.. as primeiras derrubadas de árvores..
as primeiras ruas.. a primeira construção.. as primeiras pessoas a
pisar aqui.. o Hotel Rolândia.. um "porto seguro" para quem chegava com
tantos sonhos e medos... esperança... mas nunca parei para pensar o que o
povo pensava e fazia em 28 de janeiro de 1944. O 29 de junho de 1934 é
tão importante que eu ajuizei uma ação popular contra a prefeitura para
comprarmos as madeiras do nosso "marco zero". E graças a Deus consegui
dissuadir o prefeito, digo prefeita, da época. (Obrigado Sabine). Mas, se eu fosse
prefeito ou vereador deixava para o povo decidir. Isso não é lei para
aprovar em uma "canetada"... Nós vamos passar, mas Rolândia continuará
sempre. Não ouçam o prefeito.. o vereador.. o Farina... as professoras.. ouçam o POVO. Pensem nas futuras gerações. JOSÉ CARLOS FARINA
ROLÂNDIA: MAIORIA DO POVO É CONTRA MUDANÇA DO ANIVERSÁRIO
Para o taxista José Martins Paulino, "a data de aniversário muda mais que prefeito"
Rolândia – A mudança da
data foi recebida com muita estranheza por grande parte da população.
Enquanto alguns ironizaram a lei, com menções a máquina do tempo ou
fonte da juventude, outros citaram a crise política da cidade, com a
sucessiva troca de prefeitos, e questionaram a relevância da medida. Por
outro lado, parte dos moradores, principalmente os mais antigos,
defenderam a lei.
Para o taxista José Martins Paulino, de 48 anos, a alteração da data retrata a falta de atenção da administração com os assuntos realmente importantes. "Estamos com problemas muito mais sérios para serem resolvidos, como a saúde, que vai de mal a pior. Agora temos a data de aniversário que muda mais que prefeito", reclamou. O pintor industrial Ricardo Gomes Morais, de 28 anos, teme um atraso além da data: "Que o retrocesso da data não signifique um retrocesso para o povo".
Nos últimos três meses, durante o afastamento de Lehmann pelo processo que o julga por gastos com publicidade no último ano de sua primeira gestão, passaram pela cadeira do Executivo a ex-presidente da Câmara, Sabine Giesen (PMDB), e o atual José de Paula Martins (PSD), do dia 2 até 8 deste mês, quando Lehmann conseguiu liminar para voltar ao cargo.
A questão política também influenciou a opinião da comerciante Margarida Cavalcanti, de 50 anos. "Seria melhor se a cidade ficasse mais jovem com melhorias para a população, mas não é isso o que vemos", lamentou. Já o comerciante José Roberto Cavalaro, de 42 anos, admitiu não saber o motivo da mudança, mas contou que preferia a data antiga. "Já estávamos acostumados com os 80 anos, é estranho mudar assim, de uma hora para outra. Se a gente pudesse rejuvenescer também seria bom", comparou.
Nem o pároco da cidade escapou da polêmica. Entrevistado pela FOLHA, o monsenhor José Agius disse considerar a situação curiosa e de pouco efeito prático. "Essa data já mudou tantas vezes. Eu só sei que vou continuar celebrando minha missa, seja em junho ou janeiro", desconversou. Ao lado da igreja, no centro da cidade, alguns jovens não sabiam da lei e ficaram surpresos. "A cidade vai voltar no tempo, então? Pelo que aprendi na escola, Rolândia faria 80 anos agora", disse o estudante João Botter, de 17 anos.
O diretor da Escola Municipal Monteiro Lobato, Victor Hugo Pascolatti, informou que há tempos essa questão das datas era motivo de discórdia na cidade. Agora, ele espera que essa questão seja, de uma vez por todas, definida. "Nós ensinamos uma coisa, aí passa um tempo, mudam tudo. Nossos alunos do ensino básico ainda não têm senso crítico para questionar, mas lá na frente isso deve causar muita estranheza", argumentou.
A funcionária pública Ângela Dalva da Silva, 60 anos, defende a mudança. Para ela, muitas pessoas opinam sem conhecimento. "Pelo que li, fica claro que temos que comemorar o aniversário na data de emancipação, assim como as demais cidades. É claro que vai haver rejeição agora, mas o erro ocorreu lá atrás, quando mudaram pela primeira vez", posicionou-se.
Para o taxista José Martins Paulino, de 48 anos, a alteração da data retrata a falta de atenção da administração com os assuntos realmente importantes. "Estamos com problemas muito mais sérios para serem resolvidos, como a saúde, que vai de mal a pior. Agora temos a data de aniversário que muda mais que prefeito", reclamou. O pintor industrial Ricardo Gomes Morais, de 28 anos, teme um atraso além da data: "Que o retrocesso da data não signifique um retrocesso para o povo".
Nos últimos três meses, durante o afastamento de Lehmann pelo processo que o julga por gastos com publicidade no último ano de sua primeira gestão, passaram pela cadeira do Executivo a ex-presidente da Câmara, Sabine Giesen (PMDB), e o atual José de Paula Martins (PSD), do dia 2 até 8 deste mês, quando Lehmann conseguiu liminar para voltar ao cargo.
A questão política também influenciou a opinião da comerciante Margarida Cavalcanti, de 50 anos. "Seria melhor se a cidade ficasse mais jovem com melhorias para a população, mas não é isso o que vemos", lamentou. Já o comerciante José Roberto Cavalaro, de 42 anos, admitiu não saber o motivo da mudança, mas contou que preferia a data antiga. "Já estávamos acostumados com os 80 anos, é estranho mudar assim, de uma hora para outra. Se a gente pudesse rejuvenescer também seria bom", comparou.
Nem o pároco da cidade escapou da polêmica. Entrevistado pela FOLHA, o monsenhor José Agius disse considerar a situação curiosa e de pouco efeito prático. "Essa data já mudou tantas vezes. Eu só sei que vou continuar celebrando minha missa, seja em junho ou janeiro", desconversou. Ao lado da igreja, no centro da cidade, alguns jovens não sabiam da lei e ficaram surpresos. "A cidade vai voltar no tempo, então? Pelo que aprendi na escola, Rolândia faria 80 anos agora", disse o estudante João Botter, de 17 anos.
O diretor da Escola Municipal Monteiro Lobato, Victor Hugo Pascolatti, informou que há tempos essa questão das datas era motivo de discórdia na cidade. Agora, ele espera que essa questão seja, de uma vez por todas, definida. "Nós ensinamos uma coisa, aí passa um tempo, mudam tudo. Nossos alunos do ensino básico ainda não têm senso crítico para questionar, mas lá na frente isso deve causar muita estranheza", argumentou.
A funcionária pública Ângela Dalva da Silva, 60 anos, defende a mudança. Para ela, muitas pessoas opinam sem conhecimento. "Pelo que li, fica claro que temos que comemorar o aniversário na data de emancipação, assim como as demais cidades. É claro que vai haver rejeição agora, mas o erro ocorreu lá atrás, quando mudaram pela primeira vez", posicionou-se.
NOVO ANIVERSÁRIO DE ROLÂNDIA NA FOLHA DE LONDRINA
Aniversário inusitado será na quarta-feira, após lei que "rejuvenesceu" cidade em 10 anos
Data da emancipação política voltou a ser referência para a contagem da idade do município
Rolândia – Após
permanecer alguns meses no grupo das cidades octogenárias do Estado,
Rolândia olhou no espelho e resolveu voltar para o grupo das setentonas.
Achava inconcebível ser mais velha que a vizinha Londrina, da qual um
dia já foi distrito. Com o rejuvenescimento de dez anos, obra de uma
canetada do prefeito Johnny Lehmann (PTB), a cidade comemora 71 anos –
em vez de 81 – nesta quarta-feira. A medida, considerada acertada pela
historiadora Cláudia Portellinha Schwengber, autora do livro "Aspectos
Históricos de Rolândia", causa muita estranheza na população.
"Minha caneta é mais eficiente que o bisturi do Ivo Pitanguy", brincou Lehmann, referindo-se ao famoso cirurgião plástico mineiro. O prefeito explicou que sancionou a Lei nº 3.701, que havia sido aprovada pela Câmara de Vereadores no final do ano passado, para corrigir imprecisões históricas. O documento instituiu o dia 28 de janeiro de 1944, a data de emancipação política do município, como feriado municipal e base para a contagem da idade de Rolândia.
A mesma lei reconhece a Companhia de Terras do Norte do Paraná como a fundadora da cidade, porém institui a antiga data comemorativa, 29 de junho de 1934, como o dia de fundação da cidade, em referência à primeira construção no perímetro urbano, o Hotel Rolândia, que está sendo reconstruído próximo ao Terminal Rodoviário. Desta forma, o prefeito pretende agradar a gregos, troianos, alemães, japoneses, russos, ingleses. "Não queremos de forma alguma apagar a história dos valorosos pioneiros, apenas usar um critério técnico. Só não podemos precisar nossa idade pela primeira árvore derrubada, a primeira casa. Não é assim que funciona", comentou o prefeito.
De acordo com a historiadora Cláudia Portellinha, o aniversário do município já foi comemorado em quatro datas diferentes. Ela conta que de 1944 a 1962, o aniversário de Rolândia foi comemorado no dia 28 de janeiro. Em 1962, a Câmara de Vereadores alterou a data para 27 de novembro, para "não haver concorrência com aniversários de cidades da região". Portellinha lembra que Apucarana foi emancipada no mesmo dia que Rolândia.
Já em 1974, a referência para o aniversário tornou a ser a emancipação política, mas as comemorações eram realizadas em 19 de março, dia de São José, padroeiro da cidade. A mudança durou pouco tempo e o aniversário voltou para 27 de novembro. As comemorações em 29 de junho, que seguiram até o ano passado, foram adotadas em 1984, na gestão no prefeito Eurides Moura. "Enfim, Rolândia retomou a data que perdurou pelos primeiros 18 anos de emancipação. As outras não encontram embasamento histórico. Não tem cabimento Rolândia ser mais velha que Londrina", apontou. Ela citou uma lei do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) que determina que todas as cidades com menos de 300 anos devem comemorar o aniversário na data da primeira ata.
Programação
A comemoração dos 71 anos de Rolândia terá abertura oficial na noite de terça-feira, no Museu Municipal, com um coquetel de lançamento da revista institucional do município. A publicação com informações sobre a origem do município e suas etnias será distribuída em escolas, bibliotecas e outras instituições ligadas à educação e à cultura.
Na quarta-feira, será organizado um evento na Praça Castelo Branco, tradicional ponto de encontro e confraternização dos moradores da cidade. A secretária de Cultura, Margarida Hellbrugge, informou que a programação vai contar com uma banda musical, shows pirotécnicos, além de barracas para a comercialização de comidas e bebidas e brinquedos para as crianças.
"Minha caneta é mais eficiente que o bisturi do Ivo Pitanguy", brincou Lehmann, referindo-se ao famoso cirurgião plástico mineiro. O prefeito explicou que sancionou a Lei nº 3.701, que havia sido aprovada pela Câmara de Vereadores no final do ano passado, para corrigir imprecisões históricas. O documento instituiu o dia 28 de janeiro de 1944, a data de emancipação política do município, como feriado municipal e base para a contagem da idade de Rolândia.
A mesma lei reconhece a Companhia de Terras do Norte do Paraná como a fundadora da cidade, porém institui a antiga data comemorativa, 29 de junho de 1934, como o dia de fundação da cidade, em referência à primeira construção no perímetro urbano, o Hotel Rolândia, que está sendo reconstruído próximo ao Terminal Rodoviário. Desta forma, o prefeito pretende agradar a gregos, troianos, alemães, japoneses, russos, ingleses. "Não queremos de forma alguma apagar a história dos valorosos pioneiros, apenas usar um critério técnico. Só não podemos precisar nossa idade pela primeira árvore derrubada, a primeira casa. Não é assim que funciona", comentou o prefeito.
De acordo com a historiadora Cláudia Portellinha, o aniversário do município já foi comemorado em quatro datas diferentes. Ela conta que de 1944 a 1962, o aniversário de Rolândia foi comemorado no dia 28 de janeiro. Em 1962, a Câmara de Vereadores alterou a data para 27 de novembro, para "não haver concorrência com aniversários de cidades da região". Portellinha lembra que Apucarana foi emancipada no mesmo dia que Rolândia.
Já em 1974, a referência para o aniversário tornou a ser a emancipação política, mas as comemorações eram realizadas em 19 de março, dia de São José, padroeiro da cidade. A mudança durou pouco tempo e o aniversário voltou para 27 de novembro. As comemorações em 29 de junho, que seguiram até o ano passado, foram adotadas em 1984, na gestão no prefeito Eurides Moura. "Enfim, Rolândia retomou a data que perdurou pelos primeiros 18 anos de emancipação. As outras não encontram embasamento histórico. Não tem cabimento Rolândia ser mais velha que Londrina", apontou. Ela citou uma lei do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) que determina que todas as cidades com menos de 300 anos devem comemorar o aniversário na data da primeira ata.
Programação
A comemoração dos 71 anos de Rolândia terá abertura oficial na noite de terça-feira, no Museu Municipal, com um coquetel de lançamento da revista institucional do município. A publicação com informações sobre a origem do município e suas etnias será distribuída em escolas, bibliotecas e outras instituições ligadas à educação e à cultura.
Na quarta-feira, será organizado um evento na Praça Castelo Branco, tradicional ponto de encontro e confraternização dos moradores da cidade. A secretária de Cultura, Margarida Hellbrugge, informou que a programação vai contar com uma banda musical, shows pirotécnicos, além de barracas para a comercialização de comidas e bebidas e brinquedos para as crianças.
Celso Felizardo
Reportagem Local
Reportagem Local
domingo, 25 de janeiro de 2015
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