Thamiris Geraldini - Redação Bonde - 10/08/2015
Sem previsão orçamentária, o Governo do Estado descartou qualquer possibilidade de assumir o Hospital São Rafael de Rolândia, como uma forma de resolver a atual problemática da unidade. O único hospital da cidade acumula uma dívida milionária e recentemente teve a administração destituída, sinalizando a possibilidade de fechar as portas.
De acordo a chefe da 17ª Regional, Terezinha de Fátima Sanchez, a Secretaria Estadual de Saúde poderá melhorar a assistência à unidade com um repasse mensal de até R$200 mil, mas isso só deverá ocorrer quando houver prestação de contas. "Antes de dar qualquer suporte, nós precisamos primeiro saber para quê vamos fornecer mais dinheiro. A partir do momento em que o Hospital prestar contas dos convênios firmados até agora e estas contas forem aprovadas, além do fato de terem pessoas em condições de administrar o local de acordo com os critérios do Estado, nós daremos suporte e aumentaremos o repasse". Com contrato vigente, o Governo do Estado fornece pouco mais de R$500 mil mensais ao Hospital.
Atualmente a unidade encontra-se sem uma administração direta e participativa, sendo conduzida apenas por uma comissão provisória cujo presidente é o ex vice-prefeito da cidade, José Danilson Alves de Oliveira. O grupo tem buscado medidas para resolver os problemas, começando pela análise do "rombo" orçamentário que até então tinha a gravidade desconhecida pela própria administração do Hospital.
"Podemos dizer que a dívida do São Rafael fica entre R$10 e R$15 milhões, há débitos com fornecedores, funcionários, serviços, em todos os setores existe uma dívida. O hospital São Rafael hoje é um paciente que está com infecção generalizada, existem muitos problemas. Se fosse uma empresa, eu defenderia o fechamento imediato, mas como não é e sabemos o quanto a população precisa disso, temos que unir forças para sair do buraco", defendeu Oliveira.
Desde 2011 a gerência do Hospital era feita pela Associação Beneficente São Rafael, cujo presidente se desligou no último dia 24 de julho. Apesar disso, quem permanece assinando documentos em nome do São Rafael é o então vice-presidente Marisbel Mungo.