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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

quinta-feira, 20 de abril de 2017

NOTÍCIAS DE ROLÂNDIA

20/04/2017

PASSARELA



Depois de uma reunião em Curitiba com o Prefeito Doutor Francisconi, o Presidente da Concessionária de pedágio VIAPAR Camilo Carvalho veio a Rolândia discutir sobre a possibilidade da “Tarifa zero” do pedágio para rolandenses. Como está acontecendo uma grande polêmica sobre um muro que impede a passagem cortando o pedágio de Arapongas e que está dentro de um terreno que pertence a Prefeitura de Arapongase e, por isso não está no perímetro municipal de Rolândia, e como não é possível a “tarifa zero”, de acordo com a lei, o Prefeito Doutor Francisconi solicitou uma contrapartida da concessionária e assim uma parceria vai viabilizar a construção de uma passarela no cruzamento da Igreja da Ressureição e a reforma da Estrada do Begali, que liga a estrada dos Pioneiros saindo na rodovia para Astorga (Campinho). 

CINEMA CANCELADO




Devido ao mau tempo, foi cancelada a Sessão de Cinema na Feira da Lua da Praça Castelo Branco desta noite. O evento será remarcado para outra data.


FESTA DO TRABALHADOR



VACINA




A Secretaria de Saúde de Rolândia informa que a Campanha de Vacinação contra gripe esta sendo realizada no Paraná e incluso Rolândia, desde o dia 17/04, sendo que no dia 13/05 “SÁBADO”, todas as Unidades Básicas de Saúde estarão abertas para o “Dia D” de vacinação. Grupos prioritários Vacinados até a presente data: Crianças de 6 meses a 4 anos,11 meses e 29 dias, já foram vacinadas 196;Gestantes, já foram vacinadas 92;Mulheres no pós parto até 45 dias, já foram vacinadas 14;Pessoas com 60 anos ou mais, já foram vacinadas 1.270;Profissionais de saúde, já foram vacinadas 110;Paciente Portadores de doenças crônicas já foram vacinados 368; e Professores já foram vacinados 46.Rolândia tem 12.904 pessoas que podem ser vacinadas e a meta é vacinar 90% do grupo prioritário. A cobertura vacinal é feita através do grupo prioritário, sendo assim , foram 1.728 vacinados até o momento, o que corresponde a 13.39%.Os adolescentes jovens de 12 a 21 de idade sob medidas sócio educativas, a população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional e professores de escolas publicas e privadas, não entram na avaliação de cálculo de cobertura vacinal, entretanto fazem parte do grupo para receber a vacina da gripe em 2017. Segundo o Gerente de Vigilância Epidemiológica de Rolândia, Marcelo Marques Ferreira, “asvacinasestão sendo repassadas aos municípios gradativamente por remessa até totalizarem a meta da população-alvo. Temos o máximo empenho de não ocorrer perdas evitáveis e que as vacinas sejam utilizadas com segurança e qualidade”.De acordo com o Ministério da Saúde, o público-alvo da campanha em 2017 totaliza 60 milhões de pessoas no Brasil. De acordo com a resolução da Anvisa publicada no Diário Oficial da União, a vacina de Influenza trivalente de 2017 deverá contem os seguintes vírus:

- Influenza A (H1N1), subtipo Michigan/45/2015

- Influenza A (H3N2), subtipo Hong Kong/4801/2014

- Influenza B, subtipo Brisbane/60/2008

Para receber a vacina é só comparecer a uma Unidade de Saúde mais próxima e levar a carteira de vacinação.A campanha continua até dia 26/05/2017. 

NA VILA OLIVEIRA



A Sanetran, empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, promoveu a roçagem e a limpeza da área institucional de praça na Igreja da Vila Oliveira.

PROVA NACIONAL




A equipe de ciclismo da Secretaria de Esportes de Rolândia participará da 11ª Volta Ciclística do Futuro de 21 a 23 de abril na cidade de São Carlos/SP.A prova é valida pelo ranking da Confederação Brasileira de Ciclismo e organizada pela Federação Paulista de Ciclismo. Trata-se de uma prova tradicional e a mais importante do calendário nacional, disputada no estilo de volta ciclística, realizada em 4 etapas com provas de contra-relógio (5,5 km), circuito (60 Km e 80 Km) e estrada (85 Km) onde o campeão de cada categoria será conhecido através da somatória dos tempos das 4 etapas. A equipe de Rolândia participará desta competição com 4 atletas: Gustavo Salin na categoria infanto-juvenil (até 14 anos), Alexandre Pereira na categoria Juvenil (15 e 16 anos), Luca Peres na categoria júnior (17 e 18 anos) e Karina Tatcheva na categoria SUB 23 (até 23 anos). Segundo o técnico José Ricardo Moraes,“foram selecionados apenas quatro atletas para participarem da competição, sendo aqueles com maiores chances de apresentarem bons resultados e que se dedicam mais nos treinamentos”. A equipe representa a Prefeitura Municipal de Rolândia através da Secretaria de Esportes, tendo uma parceria com a Casa das Bicicletas, Colégio Souza Naves e Academia Z Treinamentos e patrocínio da FACCAR, ÓTICA KING e ARMARINHOS FRAZATTO.Para está competição a equipe teve a colaboração da Metalúrgica Metalmax, Bavária Tratores, Construlândia, Ortodontic Center, Eletrolândia, Depósito São Jorge, Atacadão 2 rodas, Irmãos Mungo, Franciele Fukahori Nutricionista, Mecânica Paganini, Trevisan Consertos e Movéis Primavera. 

ASS. SOCIAL



A Secretaria de Assistência Socialo informa que foi publicado o edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, que traz novas regras para a concessão de isenção da taxa de inscrição. Os participantes que estiverem concluindo o ensino médio na rede pública em 2017 terão isenção automática. Os demais poderão solicitar a gratuidade quando cumprirem um dos seguintes critérios: 
Ter renda familiar per capita de até 1 salário mínimo e ½ e ter cursado o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada (de acordo com a Lei nº 12.799/2013)
Estar inscrito no Cadastro Único e ter renda mensal de ½ salário mínimo per capita ou 3 salários mínimos de renda familiar (de acordo com o art. 4º do Decreto nº 6.135/2007) 

EMPREGOS



A Agência do Trabalhador/SINE Rolândia atende das 8h às 14h, de segunda à sexta. O SINE Rolândia fica na Avenida dos Expedicionários 604, Centro. O telefone é 3255-1118. Vagas para:

Auxiliar Contábil;

Montador de móveis de madeira;

Operador de Máquina Dobradeira;

Preparador físico;

Vendedor Interno.

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Secretaria de Comunicação

SANEPAR INVESTE EM ROLÂNDIA

www.aen.pr.gob

Investimentos da Sanepar em Rolândia ultrapassam R$ 8 milhões

A Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) está investimento cerca de R$ 8,4 milhões em obras de saneamento em Rolândia, no Norte do Estado. Nesta terça-feira (18), o prefeito Doutor Fransciconi conheceu o poço colocado em operação recentemente e que garante um incremento de 15% na produção de água na cidade. 

Ele também visitou a captação da Sanepar no Ribeirão Ema, onde será inaugurada em breve a nova estrada e a ponte Odair José Martins, em homenagem ao motorista desaparecido nas chuvas de 2016.

Durante reunião com secretários na prefeitura, gerentes da Sanepar apresentaram o projeto de expansão da rede coletora de esgoto que vai beneficiar cerca de 700 famílias nos jardins Alto da Boa vista, Monte Carlo e Gustavo Giordani. 

Com esta obra o indicador de atendimento com esgoto no município deve chegar aos 60%. “Nosso compromisso é atingir 80% nos próximos quatro anos. Isto dependerá de obras importantes e da parceria com o município”, disse o gerente-geral da Sanepar na Região Nordeste, Sérgio Bahls.

De acordo com o gerente, neste ano serão implantados 14 quilômetros de tubulações para a coleta de esgoto num investimento aproximado de R$ 2 milhões. “Temos outros pontos da cidade que somente poderão ser atendidos com a execução de estações elevatórias. Serão novos investimentos que colocarão Rolândia como referência no cuidado com a saúde do cidadão”, destaca.

O prefeito diz que toda a sua equipe está empenhada para ampliar o saneamento no município. “Saneamento é saúde. É menos doenças, menos custos com o tratamento, já que é um investimento na prevenção”, lembra. “É um compromisso nosso ampliar o serviço de esgoto, por isso vamos trabalhar em parceria com a Sanepar para acelerar as obras”, reafirma Fransciconi.

MAIS ÁGUA – O novo poço está localizado nos fundos da antiga Associação Recreativa Cultural Corol (Arcol), na Estrada do Camuru. O empreendimento custou cerca de R$ 1 milhão, o que viabilizou a interligação do poço ao Centro de Reservação Central por 3,5 km de adutora. 

Com investimentos da ordem de R$ 5,4 milhões, liberados no mês de março pelo governador Beto Richa, a Sanepar irá executar novos canais de tomada de água nas captações dos rios Ema e Jaú, instalar duas novas elevatórias de água e cerca de 6 quilômetros de adutoras. Também será construído um reservatório com capacidade de 1.000 m³, na região dos jardins Nobre, saída para Porecatu, além da implantação de mais de 8 quilômetros de rede de distribuição.

O gerente regional da Sanepar, Rodrigo Junqueira, lembra ainda que para 2018 está prevista a interligação com o Sistema de Abastecimento Integrado Londrina-Cambé. A ligação com o sistema das cidades vizinhas será viabilizada com a instalação de um reservatório na entrada de Rolândia, que receberá água do Sistema Esperança de Cambé, que está em ampliação. 

A longo prazo está prevista uma nova captação no Ribeirão 3 Bocas. A Sanepar já está providenciando o projeto e prevê um investimento de cerca de R$ 45 milhões, para garantir água para a população rolandense no horizonte dos próximos 50 anos. 

Também participaram da visita às unidades da Sanepar e da reunião na prefeitura o vice-prefeito Roberto Negrão, os secretários de Desenvolvimento Econômico, Dario Campiolo, de Infraestrutura, Wanderley Massucci, e de Planejamento, Catarina Schauff. Pela Sanepar estavam ainda o gerente de Projetos e Obras da Região Nordeste, Luiz Nacayama, e a engenheira responsável pelas obras da Companhia na região, Mariane Rizzo.

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:

CHUVA AGORA EM ROLÂNDIA - PR.


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CASAS E PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ROLÂNDIA E DO NORTE DO PARANÁ

FOLHA DE LONDRINA


O Norte do Paraná é uma das regiões do País que, mesmo distante do litoral e das capitais, mesmo tendo uma história muito recente, as suas memórias e os seus patrimônios marcam profundamente as suas identidades cotidianas. As universidades oferecem cursos de pós-graduação na área patrimonial, que a cada ano recebem um número maior de interessados nas questões que envolvem as histórias locais, sem o viés clientelista do pioneirismo, reconhecendo que todos os cidadãos colaboram para a construção deste espaço, uma vez que simultaneamente marcam e são marcados por ele. 

No entanto, via de regra, o poder público tem se omitido nessa questão, ameaçando a integridade dos bens edificados reconhecidos como históricos. O caso mais flagrante e visível desta omissão foi o do Hotel Rolândia. Construído em 1932, ele era um marco, não apenas para aquela localidade, mas para todo o Norte do Paraná e para a história da imigração no Brasil. Diferentes gestões ignoraram sua importância, mantendo-o nas mãos privadas mesmo quando já não tinha condições técnicas de funcionar como um hotel. E nada de virar museu, memorial do imigrante ou um espaço cultural. Os ex-proprietários colocaram o edifício à venda, e nem assim a municipalidade de Rolândia se interessou em proteger e salvar o hotel. Ao que se sabe, nenhuma proposta de compra foi feita pela prefeitura, sequer uma assessoria for formada para debater a questão e propor as soluções, como um processo de desapropriação, por exemplo. 
Depois de alguma grita da população e da imprensa, a Prefeitura de Rolândia teve a mais infeliz das ideias: desmontar o hotel na pretensão de manter ao menos sua fachada. Sem técnica e sem método, o prédio não foi desmontado, foi demolido e seus restos amontoados de qualquer maneira em um galpão sem proteção contra a insolação, umidade e furtos. Resultado: é pouco provável que possamos ver novamente a fachada do Hotel Rolândia, e a vocação turística da região fica ameaçada, uma vez que por falta de uma política patrimonial consistente, simulacros são construídos, na tentativa de tornar uma cidade multiétnica como Rolândia, em uma cidade alemã. O pode público optou por inventar tradições ao invés de proteger eficazmente as edificações que fizeram e fazem a sua história. 

Outros lugares de memória em Rolândia estão ameaçados, são descaracterizados ou destruídos sem que a população e as instituições interessadas na defesa desse patrimônio tenham tempo de se mobilizar. Isso é agravado quando se observa que a maior parte desses bens está em mãos privadas, que não têm nenhuma preocupação na sua preservação, e o poder público, que poderia ser um órgão fiscalizador e orientador da manutenção das características históricas, se omite. O conjunto da fazenda Gilgala já foi destruído, a Fazenda Janeta tem sido reformada, retocada, mudada sem nenhum acompanhamento técnico necessário e o conjunto da Igreja do São Rafael, se não for feito nada, brevemente nada dirá às gerações futuras. 

Os erros que envolvem a destruição do Hotel Rolândia servem de alerta. É fundamental que as novas gestões dos municípios do Norte do Paraná estabeleçam políticas públicas de conservação e preservação dos bens edificados de cunho histórico, pois como nos alerta um belo samba, pensar o futuro implica em não esquecer o passado. 

MARCO ANTONIO NEVES SOARES 
é professor do departamento de 
História e coordenador do Centro 
de Documentação e Pesquisa Histórica 
da Universidade Estadual de Londrina

quarta-feira, 19 de abril de 2017

VÍDEO FARINA VISITA OBRA DO PAREDÃO DO PEDÁGIO

ROLÂNDIA : HOSPITAL SÃO RAFAEL MELHORANDO O ATENDIMENTO

FOLHA DE LONDRINA

Hospital São Rafael em processo de recuperação da credibilidade

CRM suspendeu indicativo de interdição ética; número de cirurgias aumentou de 90 para 200 por mês e taxa de ocupação de leitos está em 80%


Saulo Ohara
Hospital de Rolândia foi interditado em dezembro de 2015 e uma comissão do município assumiu a gestão

Rolândia - A administração, o corpo clínico e os pacientes de dois hospitais do Paraná ficaram mais aliviados com a suspensão, pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), do indicativo de interdição ética. Tanto no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de Curitiba, quanto no Hospital São Rafael, de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), havia o risco de fechamento se não atendessem as exigências de segurança e de prestação de serviço. O indicativo de interdição ética é um instrumento do CRM que visa a garantia de prestação de serviços de qualidade por parte dos médicos, pois se o hospital não oferece suporte para que eles trabalhem com segurança, essa qualidade fica comprometida, o que vinha acontecendo nos dois hospitais. 

A interdição do hospital em Curitiba aconteceu em junho de 2016 e no São Rafael e em dezembro de 2015. A liberação foi realizada no início de abril. Em função dos problemas no São Rafael, o Ministério Público pediu para que a prefeitura interviesse e uma comissão de administração assumiu o local, composta pelo diretor administrativo do hospital, Nilson Giraldi; pela diretora técnica Tatiana Müller e pelo diretor contábil e financeiro Júnior Camargo. "O indicativo de interdição ética é anterior à intervenção", destaca Tatiana. Em 2015 o hospital de Rolândia lidava com a falta de medicação, de farmacêuticos, de equipamentos e de estrutura mínima para seu funcionamento. 

O secretário-geral do CRM, Luiz Ernesto Pujol, relata que o indicativo é a maneira do CRM pressionar a administração para solucionar esses problemas. A expectativa no caso do São Rafael não era boa; achamos que as coisas não iriam acontecer e que teríamos de fechar o local", revela. Seis meses depois do indicativo, o CRM enviou uma comissão para avaliar a situação em que alguma melhora pontual foi verificada, mas não eram suficientes. "Voltamos agora (dia 7) e tivemos uma assustadora impressão positiva do que foi feito pelo grupo administrativo, desde o entendimento do que o hospital precisava, do comprometimento dos médicos, da parte econômica, até a melhoria da estrutura física do hospital", aponta. "O hospital está saneado em todos os setores, com exceção da UTI, que permanece fechada e vai levar algum tempo para poder reativá-la." 

"O município não aumentou o aporte de recursos. O segredo é que o hospital foi administrado com mais transparência e mais seriedade. Em agosto do ano passado o São Rafael voltou a ter título de filantropia que tinha perdido por oito anos", observa o prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto (PSDB). "É toda uma engrenagem. Para conseguir emendas parlamentares precisávamos de título de filantropia. Ao mesmo tempo, precisamos de indicações de políticos para conseguir liberação de recursos, mas o hospital estava sem credibilidade. A cada obstáculo que ultrapassamos ficávamos mais próximos da meta financeira e da prestação de serviço satisfatória", destaca Tatiana. 

Giraldi explica que para isso o hospital diminuiu funcionários e reviu os processos, buscando soluções na tecnologia. "Usamos mais a inteligência e tecnologia para ter um processo mais enxuto, com menos gente", aponta. Ele ressalta que isso possibilitou equacionar problemas, como a falta de depósito do FGTS e do INSS pelo hospital e a falta de concessão de férias. 

O trio que administra o São Rafael ressalta que ainda há um processo de recuperação da credibilidade para conseguir doadores. "Neste momento não pedimos doações em dinheiro. Solicitamos doação de materiais como lençóis, roupas e alimentação. Fazemos quase 600 refeições por dia e 90% vêm de doação. Não precisamos usar dinheiro de equipamento, medicamentos, enxovais para comprar comida. Os enxovais temos conseguido com as igrejas", aponta Giraldi. 

Com a melhoria de condições, os médicos voltaram a procurar o hospital para trabalhar e, consequentemente, a quantidade de procedimentos aumentou. O número de cirurgias, que girava em torno de 90 por mês, passaram a ser mais de 200. "Temos a meta de fazer 300 por mês, que vai ser alcançada até o fim do ano. Zeramos a fila de ortopedia e de clínica geral", afirma Tatiana. Giraldi acrescenta que a fila de obstetrícia e ginecologia ainda vai ser equacionada. "A ginecologia tinha 120 mulheres na fila, algumas com 4 anos aguardando. Dessas, quem ainda não fez a cirurgia já está com ela agendada. Tudo isso porque dependiam de exames e isso já está resolvido", explica Giraldi. Ele garante que em 60 dias, o hospital vai voltar a ter tomógrafo. "Outros equipamentos já tínhamos, como o raio-X, endoscopia e ultrassom. Estamos implantando mamografia, que não tem no serviço público em Rolândia", destaca. 

A taxa de ocupação dos leitos, que chegou a ficar em apenas 50%, hoje está em 80%. A servidora pública Vera Lúcia Silveira Garcia, 52 anos, foi uma das pessoas que voltou a procurar o hospital. "Ter um hospital na cidade e não poder contar com ele é muito ruim. Antes não tinha o medicamento e nem funcionários suficientes. Toda vez que precisava de um hospital eu ia para Cambé ou Londrina. Agora estou confiando que o hospital está mudando. Essa notícia da suspensão da indicação da interdição deixa a gente superfeliz", relata. 

CURITIBA 
O Hospital de Clínicas da UFPR estava com o indicativo de interdição ética atribuído às unidades de terapia pediátrica, neonatal e cardíaca. A instituição estava com dificuldades com os insumos, equipamentos de ecografias e de pessoal nas UTIs. Eles tiveram seus problemas sanados com licitações, aquisições de equipamentos e com a chegada de novos funcionários via Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)para que houvesse expansão nos serviços. Este indicativo foi realizado pelo CRM em 7 de junho de 2016, tendo sido prorrogado por mais 60 dias no final de outubro e somente no dia 27 de março foi suspenso. Desde a gestão anterior e, agora, dando continuidade, com um número de servidores adequados nas UTIs os problemas estão sendo resolvidos", afirma a superintendente do Complexo HC (CHC), Claudete Regianni. Ela planeja aumentar de 22 para 30 leitos de UTIs e pretende reabrir mais 200 leitos de internamento. 

UPA de Sarandi está sob indicativo de interdição ética 
A comissão do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) decidiu pelo indicativo de interdição ética no Pronto-Atendimento Gustavo Farias, em Sarandi (Noroeste). A UPA 24 horas passa por fiscalizações do CRM desde 2016 e, segundo o órgão, vem registrando problemas sérios à qualidade e segurança da assistência, que incluem falta de materiais e medicamentos básicos e profissionais. 

O diretor técnico administrativo da UPA e da rede UBS do município, Allan Márcio Vieira da Silva, declarou estar preocupado com a situação. "Houve boicote às licitações, cancelamentos e tudo isso gerou um efeito cascata, culminando em desabastecimento e desinvestimento", afirma. "Com ações integradas conseguimos resolver 60% dos problemas listados pelo CRM-PR. Essa administração elegeu a UPA como prioridade número um. Estamos esperando concretizar esse primeiro ciclo de licitações até o dia 15. Mas a UPA consome um terço de toda a verba destinada para a saúde. Dos R$ 32 milhões destinados para o orçamento global de saúde em 2016, R$ 10 milhões foram destinados para a UPA. Temos que ser gestores e bem engenhosos para reestruturar tudo", declarou. 

Segundo ele, Sarandi possui cerca de 100 mil habitantes e nove em dez habitantes do município dependem exclusivamente do SUS. "Temos 657 equipamentos dos quais 257 estão com problemas. Mas apenas uma nota de autorização de empenho para comprar algo precisa passar pelo Planejamento e se constatar que realmente precisa do equipamento eles mandam para a Fazenda para ver se tem o dinheiro para isso. Caso haja o recurso, vai para o Administrativo aprovar para poder pagar. Isso é só um empenho. Essa burocracia acaba atrasando todos os processos um a um", reclama. 

Silva destaca que irá atacar em três pontos básicos: restruturação dos equipamentos; gestão da farmácia e reorganização dos recursos humanos. Apesar do prazo de três meses dado pelo CRM-PR, caso o serviço não demonstre possibilidade funcional ou ética e imponha risco à saúde dos usuários, poderá ser decretada a sua efetiva interdição a qualquer tempo. Atualmente a UPA possui 133 servidores, entre médicos, enfermeiros e outros profissionais. (V.O.)

Vítor Ogawa
Reportagem Local