JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

CORPO DE ADOLESCENTE FOI ENCONTRADO NA ZONA RURAL DE ROLÂNDIA

BONDE

não havia sinais de violência. 

O corpo de um adolescente de 15 anos foi encontrado em uma estrada rural entre Rolândia e o distrito de São Martinho na manhã deste domingo (13). 

Conforme a PM (Polícia Militar), o corpo foi encontrado por um homem que passava pelo local. Em seguida, ele acionou a PM, que chamou os peritos do Instituto de Criminalística e IML (Instituto Médico-Legal) de Londrina.

A princípio, segundo a polícia, não havia sinais de violência. As perícias apuram as causas da morte e a Polícia Civil investiga o caso. 

O corpo do adolescente já foi identificado pelo IML. Ele teria sido visto pela última vez por sua mãe na manhã de sábado (12).

Redação Bonde

HOTEL ROLÂNDIA ( UM PORTO SEGURO PARA O PIONEIRO )

Junho de 34.  Rolândia (e toda a região) era uma densa e inóspita floresta virgem.  De Rolândia até o Rio Ivaí (e muito mais longe) apenas bilhões de árvores e animais. As mais lindas árvores do planeta. No traçado da cidade apenas um hotel com todo o conforto da época. Em volta apenas árvores, cipós, bichos, mosquitos e muito barro e pó. Na varanda do Hotel as famílias dos pioneiros vinham olhar a floresta e ouvir o canto dos  lindos pássaros que se ajuntavam sempre ao amanhecer e no por do sol.
À noite dava medo  ouvir os miados das onças dentro da mata. As famílias começavam a planejar suas vidas ali naquela linda e encantadora varanda que está lá até hoje (só mudou de endereço). Fico imaginando os pioneiros sentados nesta varanda, tomando um café, fumando um cigarro de palha pra espantar os mosquitos, olhando a exuberância da floresta, e pensando: "Meu Deus, quanto trabalho pela frente... será que vamos conseguir?" (e conseguiram). De manhã pegavam carroças ou calhambeques e saiam pelas primeiras estradas, que estavam mais para "picadas".  A terra era e é ainda muito fértil, mas dava medo  vê-la durante as chuvas.  Aquele barro grudando nos sapatos  não era fácil. E a empreitada da derrubada da floresta no machado? Como foi difícil. Se não fosse a força e a determinação dos pioneiros, não teríamos conseguido. Neste início o Hotel Rolândia era o porto seguro,  onde os pioneiros tinham uma refeição caseira saborosa,  a luz dos lampiões, um cafezinho quente na chapa do fogão a lenha,  um banho quente, uma cama macia e a boa companhia para uma conversa e um cigarrinho de palha. Quantos romances ali surgiram? quantas crianças não foram concebidas ali?  (não havia rádio e TV). Quantos sonhos, trabalho, suor e sangue. Quantas festas, negócios, quantas brigas, visitas importantes. Visita do Interventor Manoel Ribas, Lord Lovat,  Mr. Arthur Thomas,  Mr. Wilie Davids,  Eugênio Vitor Larionoff,  Moisés Lupion entre outros.
O Hotel Rolândia (o que sobrou dele)  pertence as futuras gerações. As futuras gerações ) que ainda não nasceram) têm o direito de conhecê-lo e referenciá-lo.  Da mesma forma que referenciam as Pirâmides do Egito. Ele é parte de  um passado de lutas, que os verdadeiros rolandenses devem cultuar. Peço a todos os rolandenses que amem e ajudem a conservar o Hotel Rolândia, nosso marco zero da nossa história. Londrina tem a antiga Estação de trens, como lembrança do passado (da década de 50). Rolândia tem a primeira construção, de 1934. Rolândia atrairá muitos turistas interessados em saber como era a vida dos pioneiros quando tudo aqui era floresta virgem. Fico feliz de ter lutado pela sua preservação.  Fico feliz em saber que a obra de reconstrução  logo será reiniciada. Feliz Aniversário Rolândia. Deus abençoe Rolândia, os rolandenses e o Hotel Rolândia.
JOSÉ CARLOS FARINA -  (ROLÂNDIA-PR.)


ROLÂNDIA DEVE MUITO À FERROVIA E AOS TRENS

A Companhia de Terras norte do Paraná pensou em tudo. Como a nossa terra argilosa se torna quase que intransponível em dias de chuvas, logo no começo da colonização a Companhia já iniciou os trabalhos da construção da ferrovia de Ourinhos a Londrina e depois com o tempo até Maringá. Apesar da floresta virgem os pioneiros aqui chegaram trazendo tudo o que precisavam nos trens. As primeiras produções era transportadas pelos trens. Os primeiros animais (cavalos, gado, galinhas e porcos) vieram também de trem. Não foi fácil construir a ferrovia no meio da floresta virgem utilizando na maior parte a força dos trabalhadores e das mulas que puxavam as carroças. A maior parte dos serviços eram feitos no enxadão, pá e picarata. A terra era carregada em carroças puxadas por mulas treinadas. Depois de um certo tempo de trabalho as mulas se deslocavam sozinhas de um lado para outro. Os trabalhadores carregavam a carroça com terra, e, após um assobio elas levam a carga para o outro lado, onde outros trabalhadores a descarregavam. Eram dezenas de carroças no canteiro de obras. A estação de Londrina foi inaugurada em julho de 1935, no mesmo dia em que a ponte sobre o rio Jataizinho foi entregue, dando passagem ao primeiro trem, que chegava a uma cidade que já havia crescido muito desde sua fundação em 1929. No início de Londrina e do norte do Paraná tudo girava em torno dos trens. Quando a Maria Fumaça apitava lá na curva, o chefe da Estação tocava um sino e muita gente vinha para conferir quem estava chegando e quem estava partindo. Todas as novidades chegavam no trem. Os homens iam lá para ver as mulheres. As mulheres iam para ver as roupas diferentes vindas de São Paulo. Outros iam ver só o trem, afinal era uma máquina que dava medo. Quando o maquinista soltava o excesso de vapor, fazia um assopro forte, tipo um assovio e a molecada corria de medo. Muitos iam só para dar tchau para quem partia ( (Era chique dar tchau para quem partia). Em Rolândia acontecia tudo do mesmo jeito. O trem chegou aqui pela primeira vez em janeiro de 1936. Por alguns anos ele "virava" aqui e retornava para Cambé e Londrina. 50% do sucesso da colonização do norte do Paraná devemos à ferrovia e aos trens. Em resumo era isto. O trem fazia (e faz) parte de Londrina, de Rolândia e de todo o norte do Paraná.


JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.

NOTA:
O autor possui um canal de vídeos no Youtube onde, entre outros assuntos tem  se especializado em vídeos de trens e ferrovias, no Paraná e outros estados. Para assisti-los digite no Youtube " Trem Farina".


segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

REUNIÃO HOTEL ROLÂNDIA NESTA TERÇA

QUESTÃO DE CORAGEM:
Quem ousa se colocar diante os trens trovejantes? As pequenas flores ao longo do trilhos do trem. (adaptado de Erich Kästner, "Mutfrage"). ...Será uma prova de coragem reconstruir o que sobrou do Hotel Rolândia, considerado o "Marco 0" de nossa região. O cenário lembra um filme de guerra. A reconstrução já não poderá ser feita com o material original do Hotel que em parte foi roubado, destruído ou deixado no sol e na chuva. A vegetação começou a engolir o abandonado. Podemos questionar responsabilidades, mas talvez mais sensato será arregaçar as mangas e lembrar a alegria dos tempos dos mutirões. Terça, dia 16, às 19:30h. estaremos reunidos no Centro Cultural NANUK, por iniciativa dos Conselhos de Cultura e Turismo, para organizar algo que poderá ser um outro marco em nossa sociedade: CIDADANIA!

DANIEL STEIDLE

ÁRVORE DOENTE CAUSA PREJUÍZO EM ROLÂNDIA

Esta árvore ( Sibipiruna ) com mais de 30 anos de idade estava com as raízes doentes. Nesta noite de domingo, por volta das 20 horas, ela tombou sobre a fiação da Copel, deixando parte dos moradores da Rua Arthur Thomas, próximo ao Ginásio de Esportes, sem energia até hoje, 2ª feira, 15:30 horas. Alguns moradores reclamaram de  alimentos que se deterioram nas geladeiras. Outros tiveram prejuízos com negócios que não puderam ser concretizados por falta de serviço da internet. Eu fui um deles.
A população pede a substituição das Sibipirunas doentes.
Elas têm causado vários prejuízos nos últimos anos.
Acredito que a maioria delas chegou no ciclo  final de vida. Infelizmente.
Na administração anterior foi encomendado um plano de substituição destas árvore antigas (idosas).
De lá  para cá ninguém  mais tocou no assunto.
Gostaria que os técnicos da prefeitura se manifestassem. 
TEXTO e FOTO By JOSÉ CARLOS FARINA