Londrina - O detento da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), Luiz Henrique Camilo Rocha vai permanecer em isolamento por pelo menos um mês para cumprir medida disciplinar imposta pela direção do presídio por tentativa de fuga.
O rapaz, de 27 anos, provocou uma perseguição policial de pelo menos oito quilômetros entre a zona sul e a zona oeste de Londrina na noite de domingo, após ele render um policial que fazia sua guarda num atendimento médico no Hospital da Zona Sul, em Londrina, roubar um carro e fugir.
A perseguição envolveu um comboio de viaturas e de um grupo de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que está na cidade para a ocupação do Jardim União da Vitória, que recebeu ontem uma Unidade Paraná Seguro.
Rocha foi recapturado pelos soldados do Bope quando bateu o carro que dirigia em um poste da rede de energia elétrica na Rua do Hipismo, no Jardim Olímpico (zona oeste).
Para fugir, Rocha rendeu o motorista de um Corsa que passava na frente do hospital. Ele usava uma pistola que havia tomado do policial que fazia sua guarda. A arma foi roubada do policial após luta corporal entre os dois.
De acordo com o comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel Samir Elias Geha, o presidiário fez vários disparos dentro do hospital para tentar livrar-se de uma corrente de segurança que ligava uma perna na outra. ''Ele não podia receber algemas porque estava tomando soro'', explicou o comandante. ''É um sujeito muito forte, que usou sua força para vencer a luta corporal''.
A FOLHA apurou que Rocha pediu atendimento médico na tarde de domingo, alegando que estava sofrendo um mal súbito. Segundo informações da polícia, ele teria um histórico de crises epiléticas e por isso foi conduzido ao hospital.
A PM instaurou procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da tentativa de fuga. O policial e os funcionários do hospital podem ser responsabilizados caso seja comprovado alguma falha nos procedimentos de segurança. O momento da luta entre o policial que fazia a guarda e o presidiário teria sido filmado pelo sistema de monitoramento por câmera.
Em outro caso, mas cuja fuga foi consumada no dia 15 de novembro na PEL 2, o assaltante Wagner Ferreira de Araújo, o Testa, 29 anos, ainda cumpre o prazo de isolamento depois de ser recapturado. Ontem, a Secretaria de Justiça admitiu que a sindicância que apura possível facilitação na fuga sequer foi instalada por acúmulo de processos na corregedoria penitenciária. A previsão é que o caso da fuga comece a ser investigado em janeiro.
