JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ENTREVISTA DO PREFEITO FRANCISCONI NO PROGRAMA COBRA


Fiz uma campanha limpa sem acusações. O povo quis mudança. O povo estava cansado dos problemas políticos acontecidos nos últimos anos.  Quero fazer uma administração enxuta, com poucas coligações.  Vou reduzir o número de secretarias de 18 para 10 e cargos de confiança de 100 para 35. Vou contratar pessoas capacitadas para as secretarias. Na área da saúde quero estruturar principalmente os postos de saúde para desafogar o hospital. Quero implantar o PA 24 horas que é um sonho antigo e uma necessidade da população. Vou trabalhar em parceria com o hospital para atrair recursos. Precisamos instalar o aparelho de raio "x" que está encaixotado.  Vou trabalhar também em parceria com os deputados da região, encaminhando os projetos que queremos implantar nas diversas áreas.  Na área da agricultura queremos recuperar as estradas rurais que estão prejudicadas. Não tenho ainda nomes dos futuros secretários. Eurides Moura vai participar com a experiencia dele com conselhos pela experiencia que ele obteve ao longo de sua carreira. Ele não quer participar diretamente da administração como secretário. Convidamos o Zé de Paula e Ardigo para colaborarem na recuperação do município que deve ser o nosso objetivo comum. Convocamos todos os lideres e lideranças para colaborarem na recuperação de Rolândia. Mensagem final: agradeço o povo de Rolândia pelo voto de confiança. Preciso da ajuda de todos. A nossa missão não é fácil. Vamos trabalhar bastante para resolver os problemas de Rolândia... recuperar a auto estima da população. Deputado Cobra vai deixar um funcionário para que o prefeito e população possam recorrer quando precisarem. Abraço a todos.

ELEIÇÃO DE ROLÂNDIA NA FOLHA DE LONDRINA

Luiz Francisconi é eleito prefeito de Rolândia

Estreante na política, o médico venceu com 49,4% dos votos e governará o município em 2016

Fotos: Ricardo Chicarelli
Prefeito eleito afirma que "em um ano dá para fazer muita coisa"
A eleitora Maria Inês Sella se mostrou otimista e diz que foi votar pela esperança de que o próximo prefeito faça algo pela cidade

Estreante na política, o médico otorrinolaringologista Luiz Francisconi Neto (PSDB) venceu ontem a eleição suplementar de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) e será o prefeito do município em 2016. Com 14.769 votos (49,4% dos válidos), ele deixou para trás o prefeito interino José de Paula (PSD), que teve 8.506 votos (28,45%) e o vereador João Ardigo (PSB), votado por 6.621 eleitores (22,15%). 
Dos 45.442 eleitores de Rolândia, 11.070 (24,36%) deixaram de votar. Outros 2.223 (6,49%) votaram em branco e 2.253 (6,55%) anularam. A eleição de ontem correu sem incidentes graves e seis das 135 urnas eletrônicas precisaram ser trocadas devido ao mau funcionamento. O tucano será diplomado no próximo dia 16, mas a posse ainda será marcada. 
José de Paula retorna para o Legislativo assim que Francisconi tomar posse. Ele assumiu o Executivo por ser o presidente do Legislativo quando o ex-prefeito Johnny Lehmann (PDT) teve o mandato cassado em definitivo. Desde que foi reeleito, Lehmann foi retirado da prefeitura e voltou por força de liminares e Rolândia teve três prefeitos: além dele e José de Paula, a ex-presidente da Câmara Sabine Giesen (PMDB) também ocupou o cargo. 
Em abril deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o pedetista por abuso de poder econômico durante a campanha de 2012. Os custos do pleito de ontem, cerca de R$ 150 mil, serão cobrados do ex-prefeito cassado. 
O prefeito eleito passou a acompanhar a apuração dos votos na sede do Cartório Eleitoral quando seus apoiadores já haviam contabilizado os votos nas seções. Após a confirmação da contagem oficial, voltou para sua casa, de onde partiu uma carreata. 
O tucano disse que "em um ano dá para fazer muita coisa" e que seu governo será baseado no corte de gastos. As reformas iniciais prometidas são o corte de dois terços dos comissionados – de 105 cairiam para 35 – e a redução de 18 para dez secretarias. "Temos estudos que isso geraria uma economia de R$ 2 milhões por ano." 

Ele ainda conclamou o apoio de seus adversários políticos. "A campanha acabou, agora é a hora de trabalharmos todos pela cidade e convido os outros candidatos para fazerem parte da administração", disse. Com minoria na Câmara de Vereadores – ele contabiliza quatro apoiadores e quatro opositores, em um Legislativo composto por 11 parlamentares -, Francisconi pretende conversar com todos para conquistar apoio. 
José de Paula disse que vai apoiar o novo prefeito. Ele viu com surpresa o resultado das urnas. "Estávamos fazendo o básico e acertando o município, mas a população não entendeu", explicou. Para ele, o pouco tempo de gestão pode ter atrapalhado seu desempenho. "É muito difícil fazer algo em um tempo tão curto e acho que isso custou minha eleição." 
João Ardigo disse que vai conversar com seu partido para saber qual será seu posicionamento no Legislativo. Ele disse que vê a derrota "com naturalidade" e acredita que a campanha fortaleceu seu nome. 

Incertezas

O cenário de instabilidade política instalado na cidade refletiu no posicionamento dos eleitores. O comerciante Reginaldo Moraes considera que há tempos Rolândia está "estacionada no tempo", com buracos nas ruas e indústrias deixando o município. "Essas coisas não acontecem de um momento para o outro. Os políticos estão preocupados com poder, com influência", disse. 
Ao deixar a seção eleitoral, a empresária Maria Inês Sella se mostrou mais otimista e afirmou que só foi votar pela esperança de que o próximo prefeito faça algo pela cidade. "Espero que melhore, porque a cidade está um caos, sem administração. Tenho parentes aqui e percebo isso."
Luís Fernando Wiltemburg
Reportagem Local