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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

domingo, 21 de abril de 2013

GAUCHINHO DO NAC e LEC

FOLHA DE LONDRINA

EX-JOGADOR DO NACIONAL DE ROLÂNDIA

LEC comemora meio século do título de 62

Anderson Coelho
Gauchinho era o principal artilheiro do time de 1962: "Fazia muitos gols"
Em 1963, Londrina ainda era a capital mundial do Café. Mas em abril daquele ano, ela se tornou também a capital estadual do futebol. O Londrina, que ainda era de Futebol e Regatas, cravava seu nome na história do Campeonato Paranaense com toda a autoridade. Era 21 de abril de 63 quando o Tubarão goleou o Coritiba por 4 a 2, em pleno Estádio Couto Pereira, botou a faixa de campeão no peito e deu início a uma rivalidade com o time e com a capital estadual que rompe a fronteira dos gramados. 

O primeiro dos três títulos estaduais do Tubarão completa hoje meio século. O campeonato é o de 1962, mas a decisão foi disputada em 1963. A data coincide com o melhor momento do clube nos últimos anos. 

Naquele feriado de Tiradentes, o modesto Londrina, com apenas oito anos de fundação, alcançava a segunda goleada em menos de uma semana sobre o tradicional Coritiba, que já acumulava 54 anos de história, mais até mesmo do que a cidade de Londrina, que tinha 28 anos à época. 

O campeonato, naquela época, era dividido em três grupos: Norte Velho, Norte e Sul. Para chegar ao triangular final, o Tubarão foi o campeão do Norte, deixando para trás um dos melhores times da época, o Apucarana, segundo um dos protagonistas daquele título, o ex-atacante Gauchinho. Passar pelo rival após uma sequência de quatro jogos consecutivos na decisão da chave, foi determinante para a confiança da equipe na decisão do título. "O Apucarana era o melhor time do campeonato. Se equiparava ao Londrina, e nos deu muita confiança", relembrou. 

Antero Bombassaro, o Gauchinho, catarinense de nascimento, é até hoje o maior artilheiro da história do Londrina, com 303 gols marcados. E essa história começou a ser escrita justamente naquele Paranaense de 1962. Goleador do Nacional de Rolândia até então, ele foi contratado pelo Tubarão para ser o camisa 9 alviceleste e não desapontou. Questionado sobre quem era o melhor jogador daquele time, não titubeia. "Eu, ué. Fazia muitos gols", disse, sem cerimônias. "Mas claro que tinha muitos jogadores bons, o Adamastor, Paulo Vecchio, Paulinho, Pinheiro, Juvenal. Nós éramos uma equipe destinada a ser campeã", completou. 

Além do Londrina, Cambaraense, campeã do Norte Velho, e Coritiba, vencedor da região Sul, estavam no triangular final. Após empatarem seus jogos contra o time de Cambará, Coxa e Tubarão teriam dois duelos decisivos. O primeiro era no VGD, no dia 10 de abril. Gauchinho, Paulinho, Adamastor e Chinezinho garantiram a vantagem alviceleste, com a vitória por 4 a 2. 

Onze dias depois, o time ia a Curitiba e poderia voltar de lá com o título em caso de vitória. Novo triunfo por 4 a 2 e o Tubarão era o campeão por antecipação, desencadeando uma festa que não acabaria tão cedo em Londrina. 

"Esse time era uma parada, rapaz. Tínhamos a certeza de que seríamos campeões", contou Gauchinho. 

EM CURITIBA 

Coritiba 2 
Bira; Valdir, Nico e Guimarães; Bequinha e Antoninho; Miltinho, Chico, Duílio, Juquinha e Calita. 

Londrina 4 

Zuza; Juvenal, Gabiroba e Lelo; Luiz Santos e Berto; Chinezinho, Paulo Vecchio, Gauchinho, Paulinho e Adamastor. Técnico: Floreal Garro 

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