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sábado, 31 de agosto de 2013

ESTUDANTES INVADEM E OCUPAM PRÉDIO DA CÂMARA DE VEREADORES

Clima tenso na Câmara de Cornélio Procópio

Insatisfeitos com resultado de reunião com vereadores, estudantes prometem permanecer no Legislativo
Gustavo Carneiro
Manifestantes reclamam que houve corte de internet na Casa para prejudicar a comunicação
Integrantes do grupo que ocupou a Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio (Norte) registraram ontem na delegacia de polícia um boletim de ocorrência sobre suposta ameaça de morte que sofreram. O estudante de engenharia Victor Hugo Vaz disse que recebeu uma ligação anônima com a ameaça, "mais tarde confirmada por outra pessoa". "Queremos saber o que polícia pode fazer para garantir a nossa segurança neste fim de semana, pois continuaremos na Câmara", disse Vaz, que acredita que a ligação ameaçadora tenha relação direta com o protesto. 

Acampados no Legislativo desde quinta-feira, os integrantes do grupo Movimento Muda Cornélio (MMC) mantêm perfil em rede social onde listam as reivindicações. Dentre os itens, eles criticam "o uso do legislativo municipal para fins próprios e retaliações pessoais entre os próprio vereadores" e querem explicações sobre "existência de cargos comissionados fantasmas", "ausência de identificação nos carros oficiais" e "circulação dos veículos oficiais fora de horário, conduzidos por pessoas não autorizadas". 

Segundo Vaz, a reunião que tiveram ontem com os vereadores para cobrar explicações não foi esclarecedora. Ele reclamou ainda que houve corte de internet na Casa para prejudicar a comunicação. Procurado pela FOLHA, o presidente da Câmara, Edimar Gomes Filho (PSB), negou que o corte tenha sido represália. "A internet está disponível nos gabinetes, mas não podemos deixá-los abertos." 

Gomes Filho, porém, confirmou o fim do diálogo. "Perguntaram e os vereadores responderam. Marcamos a audiência para a semana que vem, como pediram, mas eles não querem sair. Então agora a conversa será só jurídica." Ele não quis antecipar que medida será tomada. O parlamentar disse que não sabia das supostas ameaças aos estudantes. Apesar de insinuar que a ocupação teria motivação política, evitou dar detalhes. "A população sabe o que está acontecendo."

Edson Ferreira
Reportagem Local

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