'Esta é uma quebra de paradigmas' diz Marta
Flavia Guerra e Mariana Belley, de O Estado de S. Paulo
Quebra de paradigmas. Assim vem sendo vista pelo mundo da moda e pela ministra da Cultura Marta Suplicy a aprovação do projeto de três estilistas brasileiros para captar, por meio da Lei Rouanet, cerca de R$ 7, 6 milhões para a realização de desfiles. Pedro Lourenço irá receber R$ 2, 8 milhões para desfilar na Semana de Moda de Paris; Ronaldo Fraga será contemplado com R$ 2 milhões para realizar suas duas próximas coleções e desfiles na São Paulo Fashion Week e, a partir daí, realizar mostras relacionadas aos temas abordados, tais como Mário de Andrade, João Cabral de Melo Neto e o artesão Espedito Seleiro. Alexandre Herchcovitch vai poder captar R$ 2, 6 milhões, para criar sua próxima coleção, que irá desfilar em Nova York e na SPFW.
Denise Andrede/Estadão
A medida que leva em conta que a moda, mais que indústria têxtil, não é só indústria criativa como também bem cultural tem gerado debates dentro e fora do mundo fashion. Bastou a aprovação do projeto de Lourenço, após intervenção da ministra Marta junto à Cnic (Comissão Nacional de Incentivo à Cultura) - que havia primeiramente aprovado os projetos de Fraga e Herchcovitch, mas negado o de Lourenço - para que se levantasse uma polêmica em torno da questão: 'Moda é cultura?"
"Há quem não entenda moda como cultura. A própria Cnic acredita que a relação custo-benefício não se justifica", declarou Marta ao Estado. "Pensar assim é negar o que uma semana de Paris significa para a moda brasileira
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