Auber Silva - Redação Bonde
O prefeito de Rolândia, Johnny Lehmann (PTB), é alvo de um pedido de cassação protocolado na Câmara Municipal da cidade na última quinta-feira (17). O texto deve ser lido e votado em plenário na próxima segunda-feira (21), durante sessão ordinária marcada para as 18h. Se a reivindicação for acatada por pelo menos dois terços dos votantes, três vereadores serão escolhidos para formar uma Comissão Processante (CP).
De autoria da fonoaudióloga Cristina Piretti, o texto traz denúncias de fraudes no sistema público de Saúde da cidade. Segundo ela, o município mantém convênios irregulares com o hospital São Rafael, além de empregar cinco pessoas que não dão expediente como coordenadores ou gerentes de prontos-socorros. A denunciante também levanta suspeitas nas contas da Secretaria Municipal de Saúde nos anos de 2011 e 2012.
Para ser aberta, a CP precisa do voto favorável de pelo menos dois terços dos vereadores, ou seja, sete votos dos dez representantes da casa. Tanto Piretti quanto Martins acreditam na abertura da Comissão. Para o filiado do PSB, "a pressão popular fará com que os vereadores da situação votem a favor da abertura". Nas suas contas, oito vereadores - quatro da oposição e quatro da situação - devem se mostrar favoráveis ao pedido.
Por meio de sua assessoria, o prefeito Jhonny Lehmann informou que não falará sobre o caso. Segundo ele, trata-se de uma articulação da oposição para "causar barulho". Ele acredita, no entanto, que o pedido será negado pela maioria.
Petebista aguarda julgamento do TSE
O prefeito de Rolândia teve seu diploma cassado pelo juiz da 59ª zona eleitoral, Alberto José Ludovico, em dezembro do ano passado, por uso indevido de meio de comunicação social. Segundo acusação do Ministério Público, o jornal Tribuna do Vale do Paranapanema teria publicado matérias favoráveis ao político durante o período eleitoral.
Lehmann foi diplomado no dia 29 de novembro. Após a cassação, recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que manteve a cassação. Ele conseguiu voltar ao poder em abril deste ano, quando obteve uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dizendo que a cassação só seria confirmada após julgamento do próprio TSE, o que ainda não ocorreu.
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