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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sábado, 14 de junho de 2014

RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES - UM GRANDE NEGÓCIO

FOLHA DE LONDRINA


Preservação ambiental beneficia o agronegócio

Recuperação de áreas degradadas é fundamental para o aumento da produtividade no campo

César Augusto
Para o produtor João Francisco, com a regularização ambiental da propriedade ficou mais fácil o acesso ao crédito
Não é novidade dizer que uma fonte de água abundante e um solo rico em nutrientes são as maiores riquezas de uma propriedade. Contudo, o simples descuido com as Áreas de Proteção Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), somado a um cultivo que não respeita as boas práticas agronômicas, principalmente em relação ao bom uso do plantio direto, podem minar essas qualidades. Manter uma área com altos índices de produtividade e ao mesmo tempo respeitar o meio ambiente nem sempre é uma tarefa fácil ou barata. 


A recuperação de áreas degradadas pode ser uma solução tanto para aumentar a produtividade agrícola, quanto para a preservação dos recursos naturais. Com o novo Código Florestal, aprovado há cerca de dois anos, e a recente liberação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a situação das áreas degradadas no Paraná tende a mudar, segundo avalia Antonio Caetano de Paula Junior, secretário do Meio Ambiente do Estado. Segundo ele, só em RL e APP, o Paraná possui 1,2 milhão de hectares degradados, sem contar as pastagens. 

Uma área degradada nada mais é do que aquela que não possui características físico-químicas necessárias para o cultivo agrícola ou de qualquer outro tipo de vegetação. Com o estabelecimento do CAR, Paula Junior afirma que o Estado delimitará todas as áreas degradadas que necessitam ser recuperadas, sejam elas agricultáveis ou não. 

Nas propriedades que necessitam de recuperação, o secretário afirma que o produtor terá que aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). Dentro das limitações geográficas da área, se pelo CAR for constatado que a área de preservação está abaixo do que foi estipulado pelo Código Florestal, o dono da propriedade assinará um termos de compromisso para recuperação dessa área, devendo, assim, regularizar a propriedade. 

Regras
A partir de maio, quando foi estipulado o CAR, o produtor terá um ano para se cadastrar ao programa. Paula Junior estima que o Paraná deve regenerar de 500 mil a 1 milhão de hectares de APP e RL nos próximos dez anos. "O Estado vai dar toda a assistência necessária para a recuperação das áreas degradadas. Teremos vários agentes que atenderão os produtores", promete. 

Ele completa que em áreas de até dez módulos ficais, o Estado dará toda a assistência ao pequeno e médio produtor. Nessas propriedades, o secretário afirma que também haverá incentivos para a produção de árvores frutíferas, o que pode servir como uma fonte de renda extra para os agricultores que têm a possibilidade de diversificar. "Isso vai viabilizar economicamente as pequenas propriedades", frisa. 

Paula Junior aponta que o Paraná possui 532 mil propriedades. Desse total, 460 mil possuem até quatro módulos fiscais. É bom salientar que as propriedades que se enquadram nesse tipo de configuração não são obrigadas a possuir Reserva Legal. O importante, assegura ele, é que a maioria das propriedades que possui áreas degradadas, sejam pequenas ou grandes, é passível de recuperação, já que existem inúmeras técnicas que ajudam o produtor consertá-las. 



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