JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

FOTOS DE BEIJA-FLORES JOSE FRANCISCO HAYDU DE ROLANDIA

Olá Farina,
conforme combinamos, aí vão algumas fotos com um pequeno texto informativo. abraço
Haydu


Estamos na primavera, mas não podemos esquecer que essa é somente a estação das flores. Todo o ecossistema está se renovando e não é coincidência que é também a estação de reprodução das aves. Portanto a poda severa da vegetação nunca deve ser feita nessa época. Abaixo um exemplar do beija-flor Hylocharis cyanus nas flores da Spatodea campanulata, árvore de origem africana mas muito bem aceita por essas avezinhas.


Uma fêmea de Glaucis hirsutus e seu filhote.

Eupetomena macroura e as flores do ingazeiro.

Uma fêmea de Chlorostilbon lucidus nas flores da Musa velutina, uma espécie de bananeira ornamental.
Denomina-se muda o processo de troca das penas que ocorre anualmente. Isso acontece a todas as aves e o motivo é que as penas precisam de substituição devido ao desgaste natural.
Acima, esse exemplar jovem de Chlorostilbon lucidus (macho) está adquirindo uma nova plumagem devido a estar entrando na sua fase de maturidade. Parece ter sido tocado pelo pincel de um artista impressionista. Essa é a primeira troca de plumagem que ocorre nos beija-flores. Para se ter uma ideia, depois que ele estiver "pronto para a festa", ficará com a aparência do que está na foto abaixo.

(Na foto acima) Contando de cima para baixo, na asa em primeiro plano, nota-se que a pena de posição 4 está duplicada, o que indica uma substituição em curso. O processo ocorre paralelamente para que não haja uma perda significativa na aerodinâmica do voo. O beija-flor é um exemplar de Heliomaster squamosus (fêmea) na flor de Clerodendrum ugandense. Não é uma flor na qual os beija-flores obtém néctar habitualmente. Ela atrai muitos insetos e as aves os procuram aí. Na fase de mudança de plumagem os beija-flores precisam de dietas mais ricas em proteínas então, nada melhor que uns bichinhos.
Acima, na asa dessa fêmea de Thalurania glaucopis, podemos notar algumas penas se desenvolvendo em paralelo com as antigas e a formação de um bulbo na parte superior, que substituirá a pena mais longa.
 
Esse macho de Thalurania glaucopis (acima) também está "experimentado roupas novas". Notem acima do bico os bulbos em desenvolvimento. Depois ficará como abaixo.

Acima, um exemplar de Phaethornis pretrei praticamente sem cauda, devido a muda. Nessa fase, esse beija-flor fica com um visível comprometimento de estabilidade no voo. Até o ruído do bater das asas fica diferente, parecendo assobiarem como pequenas turbinas. As flores são de Canna indica.

Passados alguns dias, a cauda se desenvolve e com isso ocorre uma visível melhora na performance do voo. As flores são da Asystasia gangetica.

Mais alguns dias  o desenvolvimento da cauda prossegue e o voo fica melhor ainda. Flores da orquídea Cyrtopodium eugenii.
Com o desenvolvimento da cauda praticamente completo, este beija-flor já voa perfeitamente. Nota-se que as duas penas mais longas da cauda ainda não estão iguais em comprimento, mas isso se completará em poucos dias. As flores são da orquídea Oncidium sp.
FIM

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