FOLHA DE LONDRINA
Baby' corta 4 mil calorias e emagrece 15 kg para bater algoz
Principal meta de Rafael Silva (à esq.) é superar o multicampeão francês Teddy Riner
São Paulo - O
peso-pesado Rafael Silva, o "Baby", de 27 anos, impôs desde o final do
Mundial de Cheliabinsk, na Rússia, em agosto, uma rotina espartana para
sua carreira. Medalhista olímpico e mundial, número 1 do mundo, o
paranaense radicado em São Paulo reeducou a alimentação e intensificou
os exercício na academia. O principal: cortou de 6.000 para 2.000 o
consumo diário de calorias.
Em pouco tempo, o resultado na balança veio. Silva disputará o Grand Slam de Tóquio, a partir desta sexta-feira, com 15 kg a menos em relação a Cheliabinsk, quando ficou em terceiro lugar. Está, atualmente, com 150 kg. A partir de janeiro, ele prevê ganho de massa magra que deve elevar seu peso para perto de 160 kg. "Mas vou estar mais veloz e forte", argumentou o judoca.
Se comparado com o período em que conquistou o bronze na Olimpíada de Londres-2012 e a prata no Mundial do Rio, em 2013, são 17 kg perdidos (ele tinha 168 kg entre 2012 e 2013). A razão para que Silva se meta neste programa drástico de redução de peso tem nome e sobrenome: Teddy Riner. O francês, maior judoca da atualidade, é atual campeão olímpico do peso-pesado (acima de 100 kg) e hexacampeão mundial na categoria. É ele, também, o maior algoz do brasileiro. Riner já o venceu sete vezes, inclusive nos Mundiais de Cheliabisnk (na semifinal) e do Rio (na decisão). "Alguém tem que conseguir ganhar dele. Estou perdendo peso para isso", afirmou.
Além do retrospecto, Silva mira o foco no francês para obter outra realização pessoal. "Riner é o cara a ser batido. Eu tenho o sonho pessoal de trazer um ouro para o Brasil no peso-pesado nos Jogos Olímpicos do Rio. E ele é a pedra no meu sapato", admitiu.
Rafael é o líder do ranking mundial entre os pesados e o francês, que geralmente compete menos que o brasileiro durante a temporada, é o segundo. O ranking contabiliza os pontos conquistados em Mundiais, Grand Slams, Grand Prix e outras competições.
Silva julga que, para enfim vencer Riner, precisa ser mais explosivo e ágil. O programa tem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta de profissionais da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e de seu clube, o Pinheiros. A tarefa não tem sido nada fácil. Chocolate, frituras e gorduras tiveram de ser deixadas para trás. "É complicado perder peso. Nas categorias mais leves é mais fácil. Fico mal humorado, não converso, mas agora até estou mais adaptado", diz.
No mês passado, Silva disputou o Grand Prix entre clubes do país já com menos peso e sentiu uma diferença positiva. Para não ficar apenas na parte física, Silva também tem praticado com Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do país em uma Olimpíada (bronze em Munique-1972). "Ishii me ajuda a fazer alguns ajustes no geral, principalmente com pegada, que é um ponto fraco meu contra Riner", contou.
No Grand Slam de Tóquio, toda essa preparação será posta à prova. Silva foi prata nas duas últimas edições do torneio, que não deve contar com seu algoz francês, e tentará uma grande conquista para fechar seu ano.
Em pouco tempo, o resultado na balança veio. Silva disputará o Grand Slam de Tóquio, a partir desta sexta-feira, com 15 kg a menos em relação a Cheliabinsk, quando ficou em terceiro lugar. Está, atualmente, com 150 kg. A partir de janeiro, ele prevê ganho de massa magra que deve elevar seu peso para perto de 160 kg. "Mas vou estar mais veloz e forte", argumentou o judoca.
Se comparado com o período em que conquistou o bronze na Olimpíada de Londres-2012 e a prata no Mundial do Rio, em 2013, são 17 kg perdidos (ele tinha 168 kg entre 2012 e 2013). A razão para que Silva se meta neste programa drástico de redução de peso tem nome e sobrenome: Teddy Riner. O francês, maior judoca da atualidade, é atual campeão olímpico do peso-pesado (acima de 100 kg) e hexacampeão mundial na categoria. É ele, também, o maior algoz do brasileiro. Riner já o venceu sete vezes, inclusive nos Mundiais de Cheliabisnk (na semifinal) e do Rio (na decisão). "Alguém tem que conseguir ganhar dele. Estou perdendo peso para isso", afirmou.
Além do retrospecto, Silva mira o foco no francês para obter outra realização pessoal. "Riner é o cara a ser batido. Eu tenho o sonho pessoal de trazer um ouro para o Brasil no peso-pesado nos Jogos Olímpicos do Rio. E ele é a pedra no meu sapato", admitiu.
Rafael é o líder do ranking mundial entre os pesados e o francês, que geralmente compete menos que o brasileiro durante a temporada, é o segundo. O ranking contabiliza os pontos conquistados em Mundiais, Grand Slams, Grand Prix e outras competições.
ESTRATÉGIA
Silva julga que, para enfim vencer Riner, precisa ser mais explosivo e ágil. O programa tem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta de profissionais da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e de seu clube, o Pinheiros. A tarefa não tem sido nada fácil. Chocolate, frituras e gorduras tiveram de ser deixadas para trás. "É complicado perder peso. Nas categorias mais leves é mais fácil. Fico mal humorado, não converso, mas agora até estou mais adaptado", diz.
No mês passado, Silva disputou o Grand Prix entre clubes do país já com menos peso e sentiu uma diferença positiva. Para não ficar apenas na parte física, Silva também tem praticado com Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do país em uma Olimpíada (bronze em Munique-1972). "Ishii me ajuda a fazer alguns ajustes no geral, principalmente com pegada, que é um ponto fraco meu contra Riner", contou.
No Grand Slam de Tóquio, toda essa preparação será posta à prova. Silva foi prata nas duas últimas edições do torneio, que não deve contar com seu algoz francês, e tentará uma grande conquista para fechar seu ano.
Paulo Roberto Conde
Folhapress
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