Saúde intensifica ações e convoca população contra a
dengue
NÃO ESPERE OS AGENTES AGIREM. AJA VOCÊ AGORA E LIMPE O SEU QUINTAL.....
Palestras em escolas e empresas. Visitas domiciliares. Capacitação
de funcionários da saúde, pública e privada. Panfletagem nos bairros. Mutirões
de limpeza. Estas são as principais ações que a Secretaria Municipal de Saúde de
Rolândia está realizando para a guerra contra a dengue e, também, contra a
febre chicungunha, cujos sintomas são parecidos. O objetivo é evitar uma
epidemia da doença – em 2015, já são 46 os casos confirmados de dengue.
Para essa guerra, no entanto, um aliado é fundamental: a
população. “Os moradores precisam abraçar essa causa”, afirma a diretoria da
Vigilância em Saúde do município, Anadélia Liasch Ducci. “É necessário que,
todos os dias, os moradores observem se há água acumulada em casa,
principalmente depois de uma chuva”, ela orienta. “Cada um tem de cuidar da sua
propriedade, porque o vetor é predominantemente domiciliar.”
Neste ano, houve 214 casos notificados, ou seja, com
suspeita de dengue. Desse total, 46 foram confirmados e 45 descartados. Em
2014, a saúde pública registrou 1.193 notificações e 276 casos confirmados. No
ano epidemiológico, que começa em agosto, Rolândia registrou 362 casos
suspeitos e 57 confirmados.
Para tentar evitar uma epidemia, a Secretaria de Saúde
iniciou no sábado 14 de março uma série de mutirões de limpeza para recolher
material que possa servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti. O esforço conjunto conta com o trabalho dos agentes
de endemias, os agentes comunitários de saúde, os escoteiros – que passam de
casa em casa, orientando os moradores e recolhendo entulhos – e funcionários e
equipamentos da Secretaria de Infraestrutura, para o transporte do material.
Os moradores têm de observar todo e qualquer acúmulo de
água. “O mosquito prefere água limpa, mas isso não significa que ele não se
reproduz em ouros ambientes, como água suja”, afirma o gerente da Vigilância
Ambiental, Alécio Quinhone Junior. “Há estudos científicos que comprovam que o Aedes se reproduz até em água com sal”,
ele acrescenta.
Nos primeiros dias de mutirões, foram encontrados muitos
materiais utilizados para armazenar água porém sem estarem adequadamente
tampados. “Com as notícias recentes sobre a falta de água que castiga
principalmente São Paulo, muita gente está armazenando água em casa, mas é
preciso tampar de maneira correta”, reforça Alécio Jr. “Também é importante
verificar as calhas. Qualquer local que acumule água é um potencial criadouro
de mosquito da dengue.”
Por enquanto, a maior incidência do mosquito foi registrada
no Jardim do Lago e no Santiago, assim como o número de notificações e de casos
confirmados. Neste sábado 21 de março, os mutirões serão realizados nos jardins
Perazolo, Franchechini, Rosângelo, Maracanã, no Conjunto Henrique Berger, na
Vila Odório e nas ruas Europa e Alfredo Moreira Filho. O esforço, porém,
prosseguirá ao menos até a Páscoa e vai atingir todos os bairros de Rolândia.
Além de todas as ações já realizadas e em andamento, a
Secretaria de Saúde já solicitou o carro fumacê à 17ª Regional de Saúde, para
que o veneno contra as larvas seja aplicado inicialmente nos bairros mais
críticos e, se for necessário, em todo o município, afirma Anadélia Liasch.
“Está nas mãos de todos o esforço para evitarmos uma epidemia de dengue em
Rolândia.”
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