Vencedor das eleições suplementares realizadas no mês de dezembro, o prefeito de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), Luiz Francisconi (PSDB), completa hoje o primeiro mês de administração. Ele é um dos gestores com o mandato mais curto do País, de apenas um ano – o outro é o prefeito de Araripe (CE), Giovane Guedes Silvestre (PT), também eleito em 2015.
Em menos de 30 dias no cargo, Francisconi decretou estado de calamidade pública na cidade e já pensa em remanejamentos profundos no orçamento devido aos estragos causados pelas chuvas, extraordinariamente além da média histórica do mês para a região Norte do Estado. Em conversa com a FOLHA, o tucano avaliou que o "momento é de atender as emergências e deixar aquele planejamento que tínhamos de lado".
De acordo com o prefeito, a contabilidade com os estragos já está acima dos R$ 90 milhões, bem mais do que a capacidade do município para investimentos em tempo tão curto. O orçamento anual de Rolândia é R$ 175 milhões. "É difícil fazer um balanço deste mês, afinal, em um terço desse tempo estive envolvido com isso (chuvas)." Embora a cidade esteja retomando a normalidade aos poucos, principalmente no abastecimento de água para a população, Francisconi ainda não sabe quando poderá retomar o plano de governo que apresentou na campanha.
"Nós até começamos a fazer um levantamento sobre as finanças do município, mas tivemos que deixar tudo de lado. A nossa equipe faria uma análise das unidades de saúde para um roteiro de reformas, mas agora vamos ter que recuperar todas, porque foram atingidas pelo excesso de água", justificou o prefeito. "Também era a nossa intenção melhorar a malha asfáltica, mas agora esse serviço virou uma emergência."
PARTIDOS
Francisconi afirmou que o secretariado já está definido para o mandato. Ele confirmou que os nomes vieram dos partidos que estiveram juntos na coligação (PSDB/PHS/SD), "mas também mantivemos integrantes da administração anterior, porque não temos aqui essa questão de partido", rebateu o prefeito.
Ele citou a secretária municipal de Educação, Rosilene Moloni, como remanescente da gestão do ex-prefeito interino José de Paula Martins (PSD), além de comissionados no segundo e no terceiro escalões, "que sempre desempenharam bem o seu trabalho".
HISTÓRICO
A eleição fora da época em Rolândia foi definida pela Justiça Eleitoral por causa da cassação do mandato do ex-prefeito Johnny Lehmann (PTB). Ele foi condenado por uso indevido do jornal "Tribuna do Vale do Paranapanema" na eleição de 2012. Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as matérias publicadas no impresso, favoráveis ao então candidato, feriram a isonomia do pleito. As edições semanais do jornal foram lançadas no período de setembro de 2011 a agosto de 2012. Cada edição tinha 3 mil exemplares, totalizando 12 mil no mês e 132 mil no período.
Edson Ferreira
Reportagem Local
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