Ouvi no rádio agora de manhã. O deputado Cobra Repórter está preocupado com a qualidade da água que consumimos na região. É que ele visitou o Hospital do Câncer e Londrina e ficou abismado com os índices desta doença na população de Rolândia, Arapongas e Apucarana.
COMENTÁRIO:
Senhor deputado:
Há anos venho lutando para que as prefeituras façam aqui nos rios de captação o que é feito pela Sabesp de São Paulo há mais de 20 anos. Lá eles fiscalizam as margens dos rios de captação em uma largura de 200 metros e proíbem o uso de agrotóxicos. Lá quem tiver vaca leiteira tem que coletar a urina e levar para outra bacia hidrográfica ou reciclar. Só para tem uma ideia. Já enviei este pedido por escrito à Promotoria local. Não existe nenhum processo das autarquias de águas que elimine 100% de veneno que as águas das chuvas ( enxurradas) trazem para os rios.
É claro que o povo que consome água sem filtrar logo após um dia de chuva acabará bebendo nem que for 0,000001 cm2. de veneno. Se o período da chuva coincidir com o período das aplicações da soja e trigo as chances são mt maiores... Eu tenho medo.... Posso afirmar ao senhor que estamos correndo perigo sim... e não é de hoje... As prefeituras precisam de leis modernas e consistentes com práticas ecológicas e fiscais ambientais iguais aos de SP. Os fiscais têm que ir lá no campo ver o que alguns agricultores fazem em suas lavouras... Plantio de soja, milho, trigo e outras culturas ao lado de rios de captação só se for orgânica, e devidamente fiscalizada. As autarquias de serviço de água e esgoto não fiscalizam este setor.. eles só captam.. tratam e distribuem....
Quando eu trouxe o projeto água limpa para Rolândia com o apoio do Perazolo, João Dário e IAP, plantamos 30.000 árvores nas margens do Ribeirão Ema. Um dia tivemos que notificar um proprietário na Promotoria porque ele se recusou em liberar uma faixa de 30 metros.. ele plantou trigo até dentro do rio.. ele é proprietário de uma grande área bem aproximo ali da captação. Hoje virou empresário forte. Mas parabéns deputado Cobra por se lembrar de um problema que talvez seja o mais grave que temos. JOSÉ CARLOS FARINA
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