FOLHA DE LONDRINA
Ricardo Chicarelli
A previsão de reinício das obras é segundo trimestre de 2017
Rolândia – Moradores de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) que esperam ver novamente em plena forma o histórico prédio do Hotel Rolândia terão que esperar mais um bom tempo. Em obras desde 2011, a edificação inacabada também foi atingida pela falta de recursos nos cofres municipais e ainda não tem data para ser finalizada.
O imbróglio em torno do primeiro prédio da cidade começou há quatro anos, quando os donos do terreno venderam o imóvel e receberam autorização da prefeitura para comercializar as madeiras da antiga construção. Depois de uma mobilização popular, o Executivo voltou atrás, ficou com o material e prometeu reerguer o marco histórico da cidade, mas em outro local. O novo endereço é a Avenida Tiradentes, em frente à Rodoviária.
Até o ano passado, as obras haviam avançado, mas acabaram travadas por falta de recursos. Porém, sem o telhado, a exposição à chuva e sol ameaçava novamente o que já estava feito. Após novas cobranças públicas, a prefeitura agilizou a colocação da cobertura, mas a obra, que parecia caminhar para seu final, foi novamente interrompida.
O secretário de Cultura e Turismo de Rolândia, Luiz Carlos Gardinal Berbel, justifica o atraso dizendo que os poucos recursos disponíveis à pasta foram redirecionados a consertar os estragos causados pelas fortes chuvas do início do ano na região. "Além disso, a arrecadação municipal já caiu R$ 13 milhões neste ano. Em função das prioridades, tivemos que parar essas obras, por que os recursos são próprios, não há convênio nenhum", informou, acrescentando que as recentes trocas de comando na administração municipal também colaboraram para atrasar a obra.
Segundo Berbel, a previsão de reinício da construção é para o segundo trimestre de 2017. Pelos cálculos da prefeitura, restam cerca de 40% das obras para a conclusão do prédio, o que vai demandar, segundo ele, uma verba aproximada de R$ 200 mil. "Só as esquadrias e as janelas de madeiras que têm de ser feitas custam R$ 100 mil. Falta fazer as calhas na cobertura e colocar as esquadrias e janelas, o assoalho, além da parte elétrica", apontou. "A população cobra muito, mas não sabe a realidade interna; temos que estabelecer prioridades."
O novo prédio do hotel vai compor uma espécie de complexo cultural de Rolândia. No terreno ao lado, a edificação que vai receber em definitivo o Museu Histórico da cidade também passa por uma revitalização, que está cerca de 70% concluída. Segundo Berbel, o projeto conta com apoio do governo federal, mas as obras caminham a passos lentos, já que a escassez de verba também atrapalha o seu andamento. Atualmente, o Museu, que já rodou por alguns endereços, funciona ao lado da Igreja Matriz, em uma casa alugada.
Rafael Souza. Reportagem Local.
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