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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Cunha é cassado: como votaram os deputados

cartacapital

A votação ecoa a pressão popular para punir o deputado federal

por Redação — publicado 13/09/2016 00h14, última modificação 13/09/2016 
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Cunha cassado
O Plenário da Câmara durante a votação que cassou Eduardo Cunha


Por 450 votos a favor contra 10 contrários e 9 abstenções, a Câmara cassou nesta segunda-feira 12 o mandato do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de quebra de decoro parlamentar por ter mentido à CPI da Petrobras ao negar a existência de contas bancárias na Suíça.
Com a decisão do Plenário da Casa, que coloca fim ao processo de cassação mais longo da história da Câmara, Cunha perde seu mandato, seus direitos políticos por oito anos e o direito a foro privilegiado. Assim, os processos que tramitam contra ele no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Lava Jato vão à primeira instância. Desta forma, Cunha e sua família passarão a ser julgador por Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. 
A votação marcou o isolamento de Cunha nesta fase final de seu processo. Só dez deputados votaram a seu favor, entre eles Marco Feliciano (PSC-SP) e Paulinho da Força (SD-SP). Além deles, votaram com Cunha Carlos Andrade (PHS-RR), Carlos Marun (PMDB-MS), Arthur Lira (PP-AL), João Carlos Bacelar (PR-BA), Wellington Roberto (PR-PB), Julia Marinho (PSC-PA), Dâmina Pereira (PSL-MG) e Jozi Araújo (PTN-AP).
O líder do governo Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE), foi um dos nove deputados que se absteve na votação.

lista dos dez parlamentares que votaram contra a cassação. Guarde bem estes nomes:
Marco Feliciano (PSC-SP)
Carlos Marun (PMDB-MS): Um dos defensores mais vorazes de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara. Em defesa do ex-presidente da Câmara, Marun chegou a dizer que os recursos encontrados pelo Ministério Público da Suíça eram "troco". "Somos tupiniquins? Se a Suíça falou, parou o Brasil? É o colonialismo? Se a Suíça quiser procurar dinheiro conta lá, tenho certeza que US$ 2 milhões é troco."
Carlos Andrade (PHS-RR)
Arthur Lira (PP-AL): É presidente do mais importante colegiado da Câmara, a Comissão da Constituição e Justiça. Ele é investigado pela Operação Lava Jato, que apura se o deputado cometeu crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. O doleiro Alberto Youssefafirmou que Lira recebia de R$ 30 mil a R$ 150 mil mensais.
Wellington Roberto (PR-PB)
Jozi Araújo (PTN-AP)
Júlia Marinho (PSC-PA)
João Carlos Bacelar (PR-BA): Responde a três inquéritos no Supremo que apuram peculato e falsidade ideológica. Teve as contas eleitorais de 2014 reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia. Votou contra o impeachment e está no terceiro mandato na Câmara.
Dâmina Pereira (PSL-MG)
A seguir, estão os nove deputados que não quiseram se comprometer e, por isso, se abstiveram do "sim" e do "não". Entre eles está o delegado Edson Moreira (PR-MG), que chegou a subir na tribuna nesta segunda para defender a presunção da inocência de Cunha, mas não quis se comprometer com livrá-lo da cassação:
Alberto Filho (PMDB-MA)
André Moura (PSC-SE): Líder do governo Temer na Câmara.
Delegado Edson Moreira (PR-MG)
Mauro Lopes (PMDB-MG)
Saraiva Felipe (PMDB-MG)
Laerte Bessa (PR-DF)
Rôney Nemer (PP-DF)
Alfredo Kaefer (PSL-PR)
Nelson Meurer (PP-PR)
No total, 469 deputados participaram da sessão decisiva sobre Cunha.
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