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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

terça-feira, 15 de maio de 2018

DEPUTADO TURINI DENUNCIA INJUSTIÇA DO PEDÁGIO NO PARANÁ

Duplicação da BR 376 deixa de fora

90 km, que vão ficar em pista simples

Pelo menos 90 quilômetros da BR 376, entre Apucarana e Ponta Grossa, não estão incluídos no projeto de duplicação da Rodovia do Café e vão permanecer com pista simples. A informação oficial foi repassada pelo governo do Estado ao deputado estadual Tercilio Turini, em resposta a pedido de informações que apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná.

“É um absurdo. São 20 anos de cobrança de pedágio, uma das tarifas mais caras do País. A receita da concessionária (CCR Rodonorte) chega a R$ 7 bilhões no período, isso pelos dados do governo. O Programa de Exploração Rodoviária estabelecia a duplicação completa da BR 376, a principal ligação entre o Norte e outras regiões do Estado a Curitiba, litoral e Porto de Paranaguá. Os paranaenses não podem aceitar mais um prejuízo nesses contratos de pedágio”, destaca o deputado.

Tercilio Turini chama atenção para a resposta ao questionamento se existe perspectiva de conclusão da obra completa: “Em relação aos segmentos em pista simples, não há previsão de incluí-los no Programa de Concessão que se encerra em 2021, na etapa Duplicação. Tal inclusão requer o aporte de mais investimento do que está previsto no Programa vigente (Lote 5), sendo que o impacto deste montante, demandaria incremento da tarifa de pedágio ou prorrogação do Contrato de Concessão” – diz o documento.

O governo informa que dos 244,2 quilômetros entre Apucarana e Ponta Grossa, devem ser duplicados 154,2 km. Até agora, foram concluídos 32,9 Km. Outros 54,9 km estão em execução, com perspectiva de conclusão em 2019, e mais 66,4 Km tem previsão de início em 2018 e término no ano que vem. “São informações oficiais e tomara que os prazos sejam cumpridos, embora tenha dúvidas se haverá tempo hábil”, afirma o deputado.

Para Tercilio, a retirada de 90 quilômetros do projeto de duplicação da BR 376 é mais um motivo para a sociedade organizada e todos os paranaenses rejeitarem qualquer iniciativa de prorrogação ou renovação das atuais concessões de rodovias. “Os contratos são benéficos apenas para as concessionárias. O Paraná precisa de nova licitação, com tarifas bem mais baratas e efetiva execução das obras”, defende.

Foto: Agência Estadual de Notícias

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