A Nimesulida é um medicamento do tipo anti-inflamatório não-esteroide, sendo comumente utilizado para o tratamento dos sintomas de osteoartrite e dismenorreia primária. Pode ser ainda utilizado como analgésico e antitérmico.
Ele é indicado para o tratamento sintomático de inflamações, dores agudas, febres, enfim, para um tratamento de curta duração em casos de: dor de dente, dor de garganta, inflamação de garganta, cólicas menstruais, cálculo renal.
Entretanto, a Nimesulida é um medicamento extremamente prejudicial à saúde do paciente. A Nimesulida é recomendada em alguns casos e sempre se dá a preferência para o uso de outros medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, devido ao seu alto índice de agressividade ao fígado e pela possibilidade de causar problemas plaquetários, principalmente em pacientes com dificuldades sérias de coagulação.
Alguns órgãos mundiais de saúde, como a própria Organização Mundial de Saúde (OMS), tem se preocupado fortemente com os usos desse medicamento, por conta da toxicidade elevada do mesmo. Ele já foi proibido em alguns países, tais como Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Japão, Espanha, Finlândia, Irlanda e Holanda.
A Europa, como um todo, tem estado em alerta e bastante preocupada com todos os problemas causados pela medicação. Por conta disso, eles têm recomendado insistentemente que as pessoas evitem ao máximo o uso contínuo e prolongado desse medicamento.
O principal ponto atingido pela Nimesulida é o fígado. Em maio do ano de 2007, a IMB (Irish Medicine Boards), uma agência reguladora da Irlanda, recebeu ao menos 6 notificações de insuficiência hepática. Esses casos de insuficiência hepática foram tão graves que os pacientes necessitaram de transplante, sendo que duas dessas pessoas não resistiram e morreram.
Outro problema grave que pode ocorrer é uma insuficiência hepática fulminante. A toxicidade do medicamento para o fígado é imensamente grande e todas as pessoas estão suscetíveis, a qualquer instante. Para evitar maiores problemas, diversos lugares proibiram permanentemente a medicação.
Estudos promovidos pelo St. Vincent University Hospital pontuam que os problemas hepáticos causados pela Nimesulida são extremamente graves, mas que são efeitos secundários do uso do mesmo.
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Além da toxicidade hepática, segundo o St. Vincent, houve alguns casos de toxicidade renal. Apesar da gravidade do problema, boa parte deles foi tratável.
Uma pesquisa realizada por Márcio Antônio Rodrigues Araújo, para a Revista Brasileira de Farmácia, a toxicidade hepática provocada pelo medicamento foi severa em muitos dos casos e em outros foi até mesmo fatal.
O uso da Nimesulida foi terminantemente proibido em vários países, devido a sua alta taxa de toxicidade. O medicamento altera as condições de tal forma a provocar a morte das células hepáticas.
No Brasil, ainda não se conhece nenhum caso de doenças hepáticas associadas ao uso do medicamento. Ele medicamento continua sendo amplamente produzido e comercializado no Brasil.
Mesmo não tendo ocorrência de problemas graves por aqui, recomenda-se fortemente um estado de vigilância ante a possibilidade de danos hepáticos causados pelo remédio.