Quatro trabalhadores se feriram na explosão de um elevador de grãos às 10h25 desta segunda-feira (18) em Londrina. A ocorrência foi registrada no interior da empresa ATT - Armazenagem Transporte e Transbordo, na rua Primo Campana, no Jardim Rosicler.
Diversas ambulâncias do Siate e do Samu foram acionadas para atender as vítimas. Um trabalhador sofreu ferimentos moderados e outros dois tiveram graves queimaduras na região da face, pescoço, tórax e braços.
O sargento Ricart, do Corpo de Bombeiros, explicou que as vítimas foram todas imobilizadas. Elas receberam compressa úmida, oxigênio e precisaram ser entubadas para amenizar a gravidade dos ferimentos.
Um quarto trabalhador ficou caído no fosso do elevador a cerca de 20 metros da superfície. Ele foi resgatado por volta das 11h20. O homem estava com nível baixo de consciência. Os socorristas também precisaram entubá-lo.
Amós Oliveira Ferreira, de 30 anos, e Juscelino Ferreira da Silva, de 43, estão internados no Pronto-Socorro do Hospital Universitário. As vítimas estão em estado grave, inconscientes e respirando por aparelhos. Ambos aguardam a abertura de vagas na UTI do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). De acordo com a assessoria de imprensa do HU, um dos dois passará ao CTQ na noite desta segunda. Os médicos avaliam qual precisa de mais cuidados.
Vicente Afonso Macedo, de 48, está na Santa Casa de Londrina. Foram identificadas queimaduras de 2º e 3º graus em 50% do seu corpo, sobretudo em face, tórax e braços. Entubado e sedado, o paciente recebeu o primeiro tratamento para poder ser transferido ao Hospital Universitário.
Os três correm risco de morte enquanto aguardam a abertura de vagas no CTQ do HU. Já Bruno de Paiva Melo, de idade ignorada, apresenta um quadro clínico moderado. Ele sofreu queimaduras de 2º grau em 30% do seu corpo. Os ferimentos atingiram vias aéreas e membros superiores. Ele está consciente e orientado. Melo está em observação.
A empresa já entrou em contato com as famílias dos trabalhadores para comunicar o acidente. Dois seriam funcionários da ATT e outros dois terceirizados.
Os homens faziam a limpeza de um silo quando houve o acidente. O dono adiantou que as circunstâncias da explosão serão investigadas. Ele relatou que o trabalho é feito periodicamente justamente para evitar risco de incêndio.
(colaborou Micaela Orikasa, da Folha de Londrina)