Não é desculpa e nem motivo para a prática, mas como advogado e ex-comerciante sempre ouvi falar que muitos fiscais do Estado do Paraná e de outros estados usavam os contadores de muitas empresas para cobrar propinas. Sempre foi prática dos fiscais desonestos (nos últimos 50 anos) de começarem uma fiscalização "de araque" nos livros fiscais e mandar o contador falar para os clientes que foi encontrado algumas irregularidades, mas que com "uma certa quantia" poderiam "deixar para lá" a multa e a cobrança do imposto omitido. A desculpa que costumavam dar ( ou ainda dão) é que com o pagamento ficaria "tudo certo" nos últimos 5 anos. 99% dos casos é claro nunca serão descobertos. No caso presente, o nosso amigo Jorge somente caiu por causa da delação premiada. Mas podem ter certeza que ele não era o único contador usado por estes fiscais para receberem propinas. Os contadores costumavam entrar "no jogo" destes fiscais pilantras, mas, na maioria das vezes, com "boas intenções", ou seja. livrar o cliente de pagar valores altíssimos de impostos e multas. Acreditavam estar sendo "fiéis" aos seus clientes. Mas tudo tem o seu tempo. Esperamos que agora os fiscais cumpram com a sua obrigações e nunca mais peçam propinas para deixarem de cobrar o que é devido ao fisco. Se fossem prender todos os contadores que foram usados por estes fiscais desonestos, precisaríamos construir muitas prisões. Da minha parte não deixarei de ser amigo e colega do Jorge. Pessoa educada, honesta e de bom coração. Família querida na cidade e que continuará prestando bons serviços a nossa população. Deus abençoe o Jorge e toda a família. Se precisar do meu depoimento estarei a sua disposição para ajudá-lo. Um abraço meu amigo. Fique em paz. Tudo vai ficar bem e voltar a normalidade. Pegue-se com Deus.
Um auditor fiscal de Jacarezinho (Norte Pioneiro) e um advogado e contador de Rolândia (região metropolitana de Londrina) foram presos, na manhã desta segunda-feira (29), suspeitos de integrar o esquema de cobrança de propina descoberto dentro da Receita Estadual. A prisão da dupla é um desdobramento da segunda fase da Operação Publicano, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no último dia dez. Os pedidos de prisão foram expedidos pela 3.ª Vara Criminal de Londrina.
De acordo com informações do Ministério Público (MP), o auditor Ataliba José de Souza Filho e o advogado e contador Jorge Dias Paiva tiveram os nomes citados por suspeitos que já haviam sido presos pelo Gaeco. "A conduta dos dois é semelhante à dos demais auditores e advogados presos. Eles teriam cobrado propina de empresários para deixar de fiscalizar (a sonegação de impostos)", explicou o coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto da Costa, em entrevista à rádio Paiquerê AM.
Mais de 60 pessoas já foram presas durante a Publicano dois; no último dia dez, um ônibus da PM foi usado no transporte dos detidos
O Gaeco já indiciou 112 pessoas por participação no esquema de corrupção descoberto na Receita. A ação penal contra os acusados deve ser proposta pelo MP ainda nesta segunda-feira. Eles vão responder por corrupção tributária e formação de organização criminosa.
O delegado Alan Flore pretende abrir uma nova investigação para apurar a conduta dos suspeitos que estão sendo identificados agora. Ele também não descartou a possibilidade da realização de uma terceira fase da Publicano.
De acordo com informações do Ministério Público (MP), o auditor Ataliba José de Souza Filho e o advogado e contador Jorge Dias Paiva tiveram os nomes citados por suspeitos que já haviam sido presos pelo Gaeco. "A conduta dos dois é semelhante à dos demais auditores e advogados presos. Eles teriam cobrado propina de empresários para deixar de fiscalizar (a sonegação de impostos)", explicou o coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto da Costa, em entrevista à rádio Paiquerê AM.
Arquivo Folha
Mais de 60 pessoas já foram presas durante a Publicano dois; no último dia dez, um ônibus da PM foi usado no transporte dos detidos
O Gaeco já indiciou 112 pessoas por participação no esquema de corrupção descoberto na Receita. A ação penal contra os acusados deve ser proposta pelo MP ainda nesta segunda-feira. Eles vão responder por corrupção tributária e formação de organização criminosa.
O delegado Alan Flore pretende abrir uma nova investigação para apurar a conduta dos suspeitos que estão sendo identificados agora. Ele também não descartou a possibilidade da realização de uma terceira fase da Publicano.