O delegado de polícia Jefferson Dias Chaves, escolhido pelo prefeito Barbosa Neto (PDT) para ser o novo secretário de Defesa Social de Londrina, responde a processo administrativo na Corregedoria da Polícia Civil do Mato Grosso por ter facilitado as investigações de um homicídio ocorrido na cidade de Pontes e Lacerda, a 450 quilômetros da capital Cuiabá.
Segundo a assessoria do Ministério Público Estadual, Chaves foi investigado por participação na morte de Vilmara de Paulo, ex-funcionária de um cartório cujo tabelião é apontado como mandante do crime.
Ainda de acordo com o Ministério Público, as investigações descartaram participação direta do delegado no crime, mas apontaram que ele havia faltado com o dever por não ter sido rigoroso nas investigações.
A investigação do MP recai sobre um grupo de cerca de 30 pessoas acusadas de financiar o tráfico ilegal de drogas na cidade de Pontes e Lacerda. O grupo seria formado por políticos, empresários e autoridades policiais.
A reportagem entrou em contato com a Corregedoria da Polícia Civil do Mato Grosso, mas o expediente já havia encerrado. O novo secretário não atendeu as ligações no celular.
O coordenador do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina, José Otávio Ereno, enviou nota à imprensa, no início da noite desta quarta-feira, tentanto eximir o secretário da responsabilidade.
Segundo texto enviado, o delegado estaria liberado para ocupar a função pública na cidade, já que o processo relacionado ao nome dele "foi arquivado há cerca de três anos por falta de provas".
Confira a nota na íntegra:
A assessoria de imprensa do Ministério Público do Mato Grosso informou,
agora a pouco, que o delegado Jefferson Dias Chaves, futuro Secretário de
Defesa Social de Londrina, alvo de denúncia do promotor Luis Gustavo Melo de
Maio, está liberado.
A denúncia contra ele teria sido encaminhada para a Corregedoria da
Polícia Civil, que abriu processo disciplinar administrativo por crime de
extorsão e corrupção. O procedimento, comandado à época pelo atual corregedor
geral Gilmar Dias Carneiro, foi arquivado há cerca de três anos por falta de
provas.
(Atualizado às 19h58) |
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