Gauchinho - A vida de um campeão
06/02/2012
Foto: Agência Londrix
Gauchinho deixou seu nome na história do Londrina como um dos melhores atacantes do clube em todos os tempos
Gauchinho deixou seu nome na história do Londrina como um dos melhores atacantes do clube em todos os tempos
No futebol, fazer gols é uma arte. Quem tem o dom, até encontra facilidades para isso. Antero Bombassaro tinha esse dom e esse talento. Por onde passou fez muitos gols. Quantos?
- Não sei dizer a quantidade, mas posso garantir que foram muitos - comenta o hoje servidor público aposentado. Ele conta que o livro do radialista J. Matheus sobre o Londrina Esporte Clubes diz que ele fez, só com a camisa deste time, 303 gols. Calcula que tenha feito mais de 600 na carreira toda, mas não tem estatísticas que comprovem.
Conhecido como Gauchinho, jogou futebol durante 23 anos e passou por poucas equipes, entre elas o Londrina, campeão estadual em 1962.
Início de carreira
Os primeiros gols do então infantil (ainda Antero) surgiram no Internacional, de Porto Alegre, onde residia. Em 1950 o pai decidiu vir para o Norte do Paraná. Chegou a Apucarana para gerenciar um hotel.
Aos 13 anos, o craque já marcava gols nas categorias de base do GERA (Grêmio Esportivo e Recreativo Apucarana). Aos 16 anos, chamava a atenção dos “olheiros” de grandes clubes. Com tinha vindo do Rio Grande do Sul, ganhou o apelido de Gauchinho e foi parar no Olaria do Rio, onde ficou de 1953 até meados de 1954. Voltou para o Paraná, mas sua fama de goleador já estava espalhada. Uma nova etapa começava na carreira de Gauchinho. Agora com a camisa do Nacional, de Rolândia.
- Fiz gols pra caramba. Apesar de 1,72 metros e calçar só 39, nunca dei folga pra zagueiro. Tinha um condicionamento físico perfeito. Hoje, quem se parece muito comigo no estilo de jogo é o Dagoberto, ex-São Paulo - diz ele.
Em dezembro de 1961, foi contratado pelo Londrina - para ser campeão paranaense já no ano sequinte. O goleador teria também uma passagem “forçada” pela Prudentina, em 67. O elenco londrinense estava concentrado num hotel da cidade e Gauchinho fez uma arte. Soltou uma bomba, levada pelo goleiro Zuza, na concentração. O técnico Jorge Scaff afastou o ídolo na hora. Nestor Alves, treinador da Prudentina ficou sabendo do caso e rapidinho telefonou para que ele fosse jogar o Paulistão.
- A estreia foi no Pacaembu e marquei o primeiro gol do Paulistão daquele ano - contou. Antes de encerrar a carreira, de novo no Londrina, em 1975, defendeu a seleção paranaense em 62 e 65. Hoje Gauchinho quer ser apenas o Antero Bombassaro, com filhos e netos.
Isnard Cordeiro - Londrix Comunicação