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A maior parte das celas no CMP são sujas e apertadas. Algumas tem até
seis camas e estão frequentemente abarrotadas de cadeiras de rodas e
equipamento médico. Alguns dos prisioneiros têm doenças mentais e outros
têm problemas de saúde mais sérios.
Ao
contrário do que ocorre em outras prisões, aqui o pátio que os detentos
frequentam é um ambiente calmo. O CMP também abriga um número de presos
acima de sua capacidade – são 692 pessoas para 554 vagas –, mas há
bastante rotatividade. De acordo com os funcionários, cerca de 50
detentos chegam e saem do local todos os dias.
As
três celas da imagem acima – de números 601, 602 e 603 – já abrigaram
executivos envolvidos na Lava Jato. Três detentos ocupam cada cela, onde
têm acesso a colchões e travesseiros mais limpos e confortáveis. Eles
também têm televisões, livros e artigos de escritório.
No
momento da visita da BBC Brasil, os detentos estavam rodeados de
documentos pessoais. Esta ala da prisão é limpa e parece ter sido
reformada recentemente, mas outros prisioneiros nesta parte do CMP
reclamam da comida servida a eles, algo comum em presídios brasileiros.
Todos os prisioneiros que chegam aqui fazem uma série de exames médicos – desde pressão arterial até saúde mental.
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